“Paella” Cá de Casa


Ainda do Aniversário do Zé Maria, era necessário uma receita simples que agradasse a todos. De preferência aquilo que se chama por aqui “de um tacho só”, para me puder reduzir algum “trabalho” a fazer acompanhamentos e afins.
Assim sem pensar mais lembrei-me de fazer uma espécie de “paella" - não é uma verdadeira paelha, porque não tinha a “paelleira", para um arroz baixinho e tostado, característica deste prato de arroz - que é mais uma mistura entre arroz à valenciana e paella. 
No entanto foi aprovado por todos e deixo-vos como sugestão para quando têm de cozinhar para várias pessoas. Até porque podem deixar tudo preparado com antecedência colocando o arroz apenas próximo da hora de sentar à mesa!
Fica a sugestão!

Ingredientes para 4 pessoas: (facilmente duplicado)

1 chávena (capacidade de 220ml) de arroz bomba ou outro específico para paella
150g de ervilhas
1 cebola grande
2 dentes de alho
1 pimento vermelho
2 coxas de frango
150g de argolas de lulas (ou pota)
2 salsichas tipo frescas para churrasco
1/2 chouriço de carne (usei de porco preto alentejano)
150g de miolo de camarão calibre 20/30
250g de camarão cozido
sal e pimenta q.b.
azeite q.b.
1 pitada de açafrão 
2 chávenas (cerca de 450ml) de caldo de camarão ou de aves (usei caseiro)
1 limão
salsa q.b.

Preparação:

Pique finamente a cebola e os dentes de alho e reserve. Corte o pimento vermelho em tiras finas e reserve também.
Corte o chouriço e as salsichas em rodelas. Reserve.
Prepare as coxas de frango, limpando-as de peles e retirando o osso. Corte depois a carne em cubos não muito pequenos e reserve. (podem usar peito de frango em vez da coxa, mas a carne da coxa é mais saborosa e suculenta.)
Leve depois um tacho grande e largo ao lume com um pouco de azeite. Salteie os pedaços de frango até ficarem dourados (não precisam de ficar totalmente cozinhados), temperando-os com um pouco de sal e pimenta. Retire e reserve.
Salteie depois o miolo de camarão e as argolas de lulas e reserve tudo.
Coloque agora as rodelas de chouriço no tacho e deixe começarem a libertar a sua gordura. Acrescente a cebola e os dentes de alho picados envolvendo bem. Junte depois o arroz e deixe-o fritar também um pouco nessa gordura. Junte os pedaços de frango e as rodelas de salsicha e acrescente o caldo bem quente. Retifique de sal e pimenta, acrescente o açafrão e deixe levantar fervura. Junte agora as ervilhas e o pimento vermelho (deixe apenas algumas tiras para decoração), diminua o lume para o mínimo e tape o tacho deixando cozinhar cerca de 15 minutos.
Ao fim desse tempo acrescente o camarão e as lulas previamente salteadas e deixe o arroz acabar de cozinhar, mas tenha cuidado para não ficar empapado.
Retire depois o arroz do tacho e coloque-o no prato de servir.
Decore com os camarões cozidos, as tiras de pimento reservadas, gomos de limão e salsa picada.
Sirva de imediato.


Bom Apetite!

Salada de Rúcula com Presunto, Meloa e Nectarina


Durante os próximos dias, as receitas aqui apresentadas serão aquelas que escolhi para o aniversário do pequeno Zé Maria, no passado dia 18. Grávida de quase 39 semanas (38 e 6 dias!), as opções escolhidas foram simples e serviram apenas para um simples jantar em família com alguns amigos mais chegados a aparecerem para cantarem os parabéns.
A ementa foi realmente simples, e começou com um folhado de alheira e maçã, complementado por esta salada fresca, que se prepara em minutos e que normalmente é do agrado de todos.
Dado o avançado estado da gravidez, não se podia pedir muito mais.
Partilho com todos a salada e aproveito para agradecer todo o carinho quer, pelos parabéns pelos 2 anos do Zé Maria, quer pelo nascimento do bebé António Maria. Bem hajam!

Ingredientes:

200g de presunto em fatias finas
2 nectarinas
1/2 meloa
150g de rúcula selvagem
vinagre balsâmico q.b.
azeite extra virgem q.b.

Preparação:

Numa saladeira coloque a rúcula previamente lavada e bem seca.
Descasque depois as nectarinas e corte-as em fatias finas, colocando-as na saladeira juntamente com a rúcula.
Corte a meloa em fatias, e depois as fatias em pedaços finos - do mesmo tamanho das nectarinas - e junte-as também à salada.
Antes de servir junte o presunto esfarrapando-o com as mão e tempere a salada com um pouco de vinagre balsâmico e azeite.
Envolva cuidadosamente e sirva de imediato!


Bom Apetite!

António Maria


24 de Setembro de 2015. 10h48. Foi a data e hora a que te vimos pela primeira vez. E tal como a primeira vez em que vimos o teu irmão, apaixonamo-nos  de imediato. És o nosso pequeno amor e tornas a nossa família ainda mais completa.
Não cabemos em nós de felicidade. Esta felicidade tão plena de ter nos braços um filho tão desejado. O nosso pequeno bebé milagre.
Obrigada a todos pelas mensagens de felicitações, pelo carinho e pelos votos de uma vida longa e feliz para o António.  As vossas palavras encheram-me o coração e fizeram-me derramar ainda mais lágrimas de felicidade.
A ti, meu filho António, sê bem vindo à nossa vida. Obrigada por nos tornares a família completa que sempre desejamos ser.

Bolo de Iogurte com Pêra, Limão e Amêndoas


Cores e sabores de Outono. A tradição de um bolo à sexta-feira e uma sugestão para o fim de semana.
A simplicidade e versatilidade de um bolo de iogurte que assim se transforma rapidamente num bolo que é mais do que um simples bolo de iogurte. A rapidez de o preparar e a vontade imensa de comer a primeira fatia ainda morna com uma chávena de chá, a pensar em chuviscos, dias cinzentos e no outono (que em estação do ano) já chegou.
A minha sugestão para este fim de semana.

Ingredientes:

130g de manteiga amolecida
4 ovos
1 iogurte natural (125g)
2x o copo de iogurte de açúcar
3x o copo de iogurte de farinha
1 colher de chá de fermento em pó
raspa da casca de 1 limão
4 pêras
50g de amêndoas com pele

2 colheres de sopa de Geleia de Marmelo (opcional)

Preparação:

Numa taça bata a manteiga amolecida com o iogurte natural. Misture depois o açúcar, a farinha, o fermento, os ovos inteiros e a raspa de limão e bata bem até obter uma mistura homogénea e sem grumos.
Entretanto unte com um pouco de manteiga e polvilhe com farinha uma forma redonda sem buraco.
Verta a massa e sobre esta disponha a pêra previamente cortada ao meio e descascada e descaroçada, e com a parte côncava ligeiramente enterrada na massa. Polvilhe com as amêndoas e leve o bolo ao forno previamente aquecido a 180ºC durante cerca de 35 minutos ou até o bolo estar cozinhado e dourado.
Retire do forno e deixe arrefecer uns minutos antes de desenformar.
Aqueça depois a geleia no micro-ondas durante alguns segundos e pincele depois todo o bolo para que fique com brilho.
Sirva ainda morno ou depois de frio.


Bom Apetite!

Rissois de Pescada e Camarão


Não é novidade para ninguém que refeições pré congelados e cozinhadas dificilmente entram cá em casa. Isso não que dizer que não goste de um belo de um rissol, um croquete ou até uma boa pizza de vez em quando.
A diferença é que não compro nada disso pré feito, e faço sempre as minhas próprias versões.
Há muito que não havia tempo para uns rissóis caseiros por aqui. Tenho-os comido ocasionalmente em casa da minha mãe, que também os faz de vez em quando, mas nem me lembro de os fazer. Lembrei-me no entanto que não era pior colocar alguns na arca antes do nascimento do António, e numa tarde, durante a sesta do Zé Maria, lá se fizeram duas dúzias.
Esta versão é com pescada e camarão, a minha versão preferida de rissois.

Ingredientes para cerca de 24 rissois:

Massa:

1 chávena de água
1 colher de sopa de azeite
1 chávena de farinha
sal q.b.

Recheio:
1/2 cebola
1 colher de sopa azeite
300g de pescada em pedaços (usei filetes)
200gr de miolo de camarão 
1 colher de sopa de farinha
1,5 dl de leite
1 colher de sopa de salsa picada
1 colher de sopa de polpa de tomate
sal e pimenta q.b.

Preparação:

Prepare a massa levando ao lume a água com um pouco de sal e o azeite. Quando levantar fervura, retire do calor e adicione a farinha mexendo bem até obter uma massa que se despegue das paredes do tacho. Reserve.
Para o recheio pique a cebola e refogue-a no azeite. Acrescente os pedaços de pescada, tempere de sal e pimneta e adicione a polpa de tomate deixando cozinhar. Acrescente depois o miolo de camarão e deixe cozinhar. Junte depois a farinha e retifique de sal e pimenta. Adicione o leite e deixe engrossar, sem parar de mexer. Retire do lume e acrescente a salsa picada. Deixe arrefecer.
Polvilhe a banca da cozinha com farinha e estenda a massa. Disponha porções de recheio tape com a massa e corte em forma de meia-lua com a ajuda de um copo. Repita a operação até esgotar todos os ingredientes.
Passe depois os rissois primeiro por farinha, depois por ovo batido e finalmente pelo pão ralado. Estão depois prontos a congelar, ou a fritar, se forem para consumir de imediato.


Bom Apetite!

Cogumelos Recheados com Ovinhos de Codorniz


Quase que podia ser uma refeição livre de carne e peixe, mas acabou por servir para acabar com uns restinhos de carne que andavam pelo frigorífico. Cogumelos recheados são sempre uma alternativa simples e rápida para as refeições de todos os dias, além de também se poderem adaptar a quem não queira comer demasiados hidratos de carbono e/ou esteja interessado em consumir mais legumes na sua alimentação diária.
Aqui em casa aparecem várias vezes e com diversas combinações. Tanto podem servir para um prato principal - e as sobras servem para o almoço do dia seguinte - como, recheando cogumelos mais pequenos, são excelentes para entradas em jantares com a família.
Desta vez foram o jantar e ainda limparam as sobras do frigorífico!

Ingredientes para 2 pessoas:

4 cogumelos Portobelo
10 tomatinhos cereja
1/2 cebola pequena
1/2 chávena de sobras de carne ou cubinhos de bacon
4 ovos de codorniz
50g de queijo mozarella ralado
sal e pimenta q.b.
azeite q.b.

Preparação:

Limpe os cogumelos e cuidadosamente retire-lhe os pezinhos.
Coloque os chapéus dos cogumelos num tabuleiro que possa ir ao forno e tempere-os com uma pitada de sal e pimenta e regue com azeite. Tape-os com papel de alumínio e leve ao forno previamente aquecido a 180ºC durante cerca de 20 minutos.
Entretanto pique os pés dos cogumelos, assim como a cebola. 
Leve uma frigideira ao lume com um pouco de azeite e refogue um pouco a mistura de cogumelos e cebola. Acrescente depois os tamarinhos cereja cortados ao meio ou em quartos, consoante o tamanho e acrescente as sobras de carne cozinhada (ou em alternativa os cubinhos de bacon previamente salteados e crocantes.) Retifique de sal e pimenta.
Retire os cogumelos do forno e divida a mistura pelos cogumelos. Abra um espaço ao meio dos cogumelos e coloque aí o ovo de codorniz e polvilhe depois com um pouco de queijo ralado.
Leve novamente ao lume e deixe apenas cozinhar os ovos e derreter o queijo.
Sirva depois com uma salada verde e, se necessitar de mais substância um pouco de arroz.


Bom Apetite!

Beringelas Recheados com Atum e Creme de Soja


Há uns tempos recebi aqui em casa alguns produtos Shoyce (www.shoyce.pt) para experimentar. Uma oferta simpática de leite e creme de soja. Confesso que já tinha ouvido falar desta marca nacional de leite de soja mas, não sendo propriamente uma consumidora habitual deste tipo de produtos, ainda só tinha experimentado o creme de soja que gosto de usar ocasionalmente em alternativa às natas normais.
Sendo grande fã de chocolate, o leite de soja com chocolate ganhou um lugar de destaque no meu coração - adorei e ninguém diz que é leite de soja! - e continuo a gostar muito do creme de soja que acho bastante versátil e uma óptima alternativa para cozinhar, principalmente para alguém que tenha intolerâncias/alergias ou que apenas não goste assim muito de laticínios.
Das primeiras receitas em que experimentei este creme de soja foi mesmo numa versão de beringelas recheadas com atum. Uma daquelas receitas versáteis que se adaptam a qualquer ingrediente e a qualquer ocasião.



Ingredientes para 2 pessoas:

1 beringela grande ou 2 pequenas
1 dentes de alho
1/2 courgete pequena
1/2 cebola
1/2 pimento verde
1 lata de atum em azeite
100ml de creme de soja Shoyce
azeite q.b.
sal e pimenta q.b.
queijo parmesão q.b.

Preparação:

Lave bem a beringela e corte-a ao meio no sentido do comprimento. Com a ajuda de uma colher escave cuidadosamente o interior da beringela de modo a que não fique muita polpa, mas que a beringela ainda mantenha a sua forma.
Coloque depois a beringela da qual escavou o interior num tabuleiro que vá ao forno e tempere com um pouco de sal e pimenta  e regue com um pouco de azeite. Tape com papel de alumínio e leve ao forno previamente aquecido a 180ºC durante cerca de 30 minutos.
Entretanto pique grosseiramente a polpa que escavou do interior da beringela. Pique também finamente a cebola, corte o pimento em cubinhos pequenos  e a courgete também picada grosseiramente.
Leve uma frigideira ao lume com um pouco de azeite e junte todos os legumes e também o dente de alho picado. Tempere a gosto com um pouco de sal e pimenta e deixe cozinhar em lume brando até is legumes estarem macios, e reduzidos no seu volume.
Junte depois o atum previamente escorrido e as natas de soja e envolva bem nos legumes, retificando os temperos.
Retire as beringelas do forno e encha o seu interior com o preparado de legumes e de atum. Polvilhe com um pouco de parmesão ralado na hora e leve novamente ao forno para acabar de cozinhar e derreter e tostar o queijo.
Sirva ainda quente com uma salada de tomate ou rúcula.


Bom Apetite!

Salada de Grão de Bico, Courgete e Feta


As nossas refeições sem carne ou peixe não andam esquecidas. Continuam a fazer parte da nossa ementa semanal, mais ou menos originais ou elaboradas. Entre beringelas recheadas com legumes e queijo, caril de courgete, massas com vegetais diversos e legumes assados com pesto as coisas não têm variado muito, até porque tenho que ir dando andamento aos legumes da horta e algumas receitas acabam em repetições e variações de coisas que já fiz.
Uma das ultimas foi uma salada com grão de bico, que foi o nosso jantar de segunda feira, depois de uma fim de semana de excessos vários, e que veio mesmo a calhar para começar a semana de forma mais equilibrada.

Ingredientes para 2 pessoas:

100g de queijo feta
250g de grão de bico cozido
1 courgete média
12 tomates cereja
1 cebola roxa
sal e pimenta q.b.
folhas de manjericão fresco q.b.
1 colher de chá de cominhos
sal e pimenta q.b.
azeite q.b.

Preparação:

Lave bem a courgete e corte-a numa espécie de espaguete (eu usei um acessório próprio para o efeito) ou em alternativa corte-a em cubinhos pequenos.
Descasque a cebola e corte-a em meias luas finas. Lave e corte também os tomate cereja ao meio e reserve.
Leve depois uma frigideira ao lume com um pouco de azeite e deixe aquecer. Junte depois a cebola e deixe começar a alourar. Acrescente os cominhos e envolva bem. Junte depois a courgete e deixe começar a murchar. Tempere depois a gosto com um pouco de sal e pimenta e acrescente depois o grão de bico escorrido e os tomates cereja cortados ao meio. Envolva bem e coloque numa saladeira. Acrescente depois as folhas de manjericão rasgadas grosseiramente e o queijo feta cortado em cubinhos. Envolva bem e sirva ainda morno ou depois de frio.


Bom Apetite!

2 Anos de Zé Maria

Fotografia by Ana Pastoria (www.anapastoria.com)

Zé Maria:

Já fazes dois anos. E parece que foi ontem que te vimos pela primeira vez. Continuamos apaixonados por ti como no primeiro dia, e a descobrir a tua personalidade todos os dias.
Tudo é uma novidade. Todos os dias há coisas novas - novas descobertas, novas palavras, novas gracinhas, novas birras.
Aprendemos a ser pais contigo e acredita que fazemos o nosso melhor. As vezes grito e falo alto quando sei que não o devia fazer, mas nem sempre conseguimos controlar as nossas emoções. Desculpa se às vezes me descontrolo um bocadinho - mas tenho de confessar que tu tens dias/birras/momentos em que me consegues levar ao limite. Faz parte, eu sei.
Estás um miúdo muito engraçado, falas pelos cotovelos e continuas a ser bom para dormir. Tens dias em que comes bem e outros em que nem por isso. Adoras tomar banho de chuveiro, brincar com os carrinhos - principalmente o “jipe”, os teus livros e os legos. Gostas de fazer torres para as destruíres logo de seguida.
Queres limpar, aspirar, lavar a louça, e cozinhar com a mamã. E lavar aos mãos e os dentes: constantemente.
Nota-se já que tens a tua personalidade e que és de “ideias fixas”. Detestas ser contrariado, e há sempre birra quando insiste em fazer uma coisa que eu não deixo. A sorte é que depois de 15 segundos a “prender  burro”, normalmente virado para a parede ou deitado no chão (em que ninguém cá em casa te passa cartão), a birra passa depressa.
Estás a crescer muito depressa. Ainda ontem eras o meu bebé e agora já me dizes “Não mais beijinhos mamã!”, quando te estrafego de beijos.
Já gostas de opinar naquilo que vestes, mas principalmente no que calças. E continuas a adorar a tua amiga Olivia - uma ovelha de peluche que sofre nas tuas mãos, mas que não largas nem por nada.
És um miúdo sorridente e simpático e quando estás para aí virado tens um charme irresistível.
Começaste agora a ver televisão. Gostas da “Ovelha Choné”, e pedes sempre para ver o João Moleira (pivot da edição da manhã na Sic Notícias) na televisão quando estamos a tomar o pequeno almoço. Ou então a Júlia (Julia Pinheiro!) 
Nestes dois anos crescemos e aprendemos muito contigo. Em breve - dias espero - o António chegará para nos fazer companhia. Serás o irmão mais velho. Terás um companheiro de brincadeiras. Espero que sejam cúmplices, porque um irmão, apesar das discussões, das guerras e de tudo o resto é um amigo para a vida.
Todos os dias aprendemos a ser pais contigo. Nem sempre acertamos à primeira e erramos algumas vezes. Isto de ser pai e mãe, nem sempre é fácil. Desculpa quando erramos, mas acredita que o vamos fazer muitas mais vezes. Não é por mal. É mesmo assim porque não nascemos a saber ser pais. Vamos apenas aprendendo.
E acredita que estes dois anos têm sido dos melhores das nossas vidas. De pudermos aprender contigo, de podermos ver-te crescer e de acompanhar contigo todas as descobertas. De te ver tornar um rapazinho.
Aos teus dois primeiros anos de vida. E a todos os outros que estão para vir.

Parabéns meu amor pequenino!

Tarte Fria de Maracujá


Duas tartes de maracujá em pouco tempo. Duas tartes completamente diferentes, as duas deliciosas cada uma à sua maneira.
Esta, no entanto, tem uma história diferente.
Uma das receitas do repertório da minha sogra, tradicionalmente preparada para o aniversário do meu cunhado Luís que, fazendo anos em finais de Agosto tem sempre a sorte de apanhar os maracujás em plena época. A receita, que foi passada à minha sogra por uma amiga, faz sucesso na mesa dela há já alguns anos, mas eu, que nunca fui a maior fã de maracujá, costumava passar-lhe um bocado ao lado. Este ano, não sei bem porquê, parece que redescobri os maracujás e tenho preparado várias receitas com eles (uma compota de pêssego e maracujá, Curd de maracujá e uma tarte de chocolate e maracujá!).
Depois de tantas receitas parece-me impensável que não faça a receita da minha sogra - aquela que recebe sempre tantos elogios - e da qual normalmente não sobra nada para contar a história.
Aqui fica esta receita tão simples como deliciosa. Com maracujás frescos - porque não fica a mesma coisa se usarem polpa de maracujá em lata.

Ingredientes:

200g de bolacha Digestiva ou Maria (fica melhor com bolacha digestiva!)
75g de manteiga
10 maracujás frescos e maduros + 4 para decoração
1 pacote de gelatina de ananás (a minha sogra também faz com gelatina de maracujá, mas com ananás fica melhor!)
250ml de água a ferver
1 lata (360g) de leite condensado normal

Preparação:

No robot de cozinha pique a bolacha e junte-lhe depois a manteiga previamente derretida triturando tudo mais um pouco.
Forre depois o fundo de uma tarteira de fundo amovível - ou uma forma de mola - com esta mistura, calcando bem com as costas de uma colher e leve ao frigorífico para prender.
Entretanto abra os 10 maracujás ao meio e retire a polpa. Reserve.
Numa taça misture a gelatina de ananás apenas com 250ml de água a ferver e misture bem até a gelatina estar bem dissolvida. Acrescente depois o leite condensado e a polpa dos maracujás, misture bem e verta este preparado sobre a base de bolacha e leve ao frigorífico a prender durante algumas horas.
Antes de servir desenforme a tarte e coloque-a no prato de servir, decorando-a com a polpa que entretanto retirou aos restantes maracujás.


Bom Apetite!

Panquecas de Banana do Gang dos Frescos/Lidl (sem açúcar)


No passado dia 10 de Setembro recebi uma encomenda especial do Lidl/Gang dos Frescos, uma iniciativa que pretende ensinar e promover hábitos de uma alimentação mais saudável junto dos mais novos. A ideia era pegar naqueles ingredientes - tomate cereja, cogumelos, bananas, mirtilos, cenouras, pimentos, pêras e maçãs - e “inventar” uma receita saudável e nutritiva.
Como sabem, tento ser cuidadosa com as escolhas alimentares cá de casa, principalmente em relação ao Zé Maria. Com dois anos continuo a não lhe dar alimentos com açúcar (sim, o rapaz continua sem ter ainda provado uma bolacha ou bolo!) ou processados. Não é muito difícil não lhe dar alimentos muito processados, uma vez que também não os comemos, mas a questão do açúcar é sempre mais complicada, uma vez que faço bolos ou sobremesas de vez em quando e ele começa a perceber que é a única coisa que nunca lhe ofereço ou lhe dou a provar.
O desafio do Lidl/Gang dos Frescos veio mesmo a calhar. Se o objectivo é promover uma alimentação mais saudável junto das crianças, o meu objectivo foi uma receita que o pequeno Zé Maria pudesse também comer mas que fosse um pouco diferente das coisas que faço diariamente para ele.
Aventurei-me assim numas panquecas mais saudáveis, sem açúcar nem gordura, e que pudessem ser saboreadas por toda a família num pequeno almoço demorado de fim de semana!
O desafio foi aceite (e acho que cumprido com sucesso!) e hoje deixo-vos a minha sugestão.



Ingredientes para cerca de 6 panquecas:

2 bananas maduras
1/3 de chávena de farinha de trigo 
1 colher de chá de fermento em pó
100ml de leite
1 ovo
1 pitada de canela (opcional)
azeite q.b.
1 banana em rodelas e mirtilos frescos para servir

Preparação:

Descasque as bananas e esmague-as com um garfo até ficarem em papa. Acrescente o ovo ligeiramente batido, a canela, o fermento e a farinha e envolva bem. Vá adicionando depois o leite, aos poucos e poucos até obter uma massa lisa e sem grumos.
Leve ao lume uma frigideira anti-aderente com um pouco de azeite e deixe aquecer. Coloque depois colheradas de massa na frigideira quente e deixe cozinhar até que comecem a aparecer bolinhas na superfície da massa. Com a ajuda de uma espátula vire as panquecas e deixe acabar de cozinhar do outro lado.
Repita até esgotar os ingredientes.
Sirva depois as panquecas com a banana em rodelas e os mirtilos frescos. Pode ainda juntar uma colherada de iogurte natural ou, para os mais gulosos um pouco de compota a gosto.


Bom Apetite!

Filetes de Cavala com Salada de Batata e Ovo


Aqui em casa insisto em várias questões a nível alimentar. Muitas frutas e vegetais principalmente de época, nacional e de pequenos produtores locais e/ou biológicos. Utilização de sal marinho tradicional. Leite do dia em detrimento do leite UHT (ou de longa duração). Preferência por ovos caseiros e também a carnes de aves “free range” que tenho a sorte de ter quem me “forneça”. Consumir menos carnes vermelhas e ao fazê-lo preferir carnes nacionais e de origens certificadas, como a carne Alentejana, Açoreana ou Mirandesa. Deixar refrigerantes para apenas de vez em quando (eu tenho um fraquinho por Coca-Cola, deixem-me que vos diga!) e dar preferência a água e sumos naturais. Preferir iogurtes naturais. Diminuir o consumo de peixes de aquacultura. Como diria a minha avó, “cada burro com a sua mania” e estas, são algumas das minhas.
Em alguns casos a escolhas podem ser um pouco mais dispendiosas - como o caso da carne certificada - mas como consumimos mais ocasionalmente não se nota assim tanto. No caso do peixe, evitar comer tantas vezes robalos, douradas e salmão de aquacultura e passar a dar preferência a carapau, cavalas, sardinha, peixe espada e outros peixes menos “nobres”, mas igualmente saborosos, revela-se numa diferença de preço considerável.
A minha sugestão de hoje é com filetes de cavala - que podem pedir para vos prepararem na peixaria - e darem uma hipótese a outros peixes.
E quem mais tem manias destas? Certamente não sou só eu!

Ingredientes para 2 pessoas:

4 filetes de cavala (peça na peixaria para lhe retirarem os filetes de duas cavalas gordinhas)
6 batatinhas tipo primor
2 ovos
4 colheres de sopa de milho doce
10 tomates cereja
sal e pimenta q.b.
farinha q.b.

Molho de mostarda e limão:
1 colher de chá de mostarda de Dijon
2 colheres de sopa de azeite virgem extra
sumo de limão q.b.
sal e pimenta q.b.

Preparação:

Tempere os filetes de cavala com sal e pimenta e reserve.
Entretanto corte as batatas ao meio no sentido do comprimento e leve-as a cozer em água temperada de sal juntamente com os ovos.
Entretanto numa saladeira misture os tomate cereja cortados ao meio com o milho doce e reserve.
Numa taça misture a mostarda de Dijon com o azeite, o sal e a pimenta e emulsione bem. Acrescente um pouco de sumo de limão - vá provando para que fique a seu gosto, mais ou menos ácido. Reserve.
Passe depois os filetes de cavala por farinha e frite-os em óleo quente até que fiquem dourados de ambos os lados. Retire e deixe escorrer sobre papel absorvente. 
Quando as batatas estiverem cozinhadas escorra-as bem e acrescente-as à mistura de milho e tomate e misture-lhes metade do molho de mostarda envolvendo bem.
Coloque os ovos em água fria e descasque-os, partindo-os depois ao meio.
No prato disponha a salada de batata, milho e tomate com os ovos cozidos e os filetes de cavala e regue com um pouco mais de molho de mostarda.


Bom Apetite!

Queijo Brie com Figos, Ameixas e Mel


Foi o primeiro jantar com a Rita e o JP na nova casa. Estava prometido desde antes das férias e era preciso marcar quanto antes, não vá o António ser apressado e nascer antes do previsto.
Aqui a grávida já se começa a ressentir de muita agitação durante o dia, mas a sobremesa foi feita na véspera, a entrada muito simples e o prato principal teve a ajuda do Miguel.
Foi uma ementa de verão. Uma tarte de maracujá para sobremesa, raviolis de massa fresca - que o Miguel ajudou a estender - recheados com requeijão e acompanhados de puré de cenoura (e do qual não há fotos!) e uma entrada com queijo e frutos de verão, daquelas que demoram minutos a preparar e se acabam no forno quente assim que os convidados se sentam à mesa.
Tenho pena de não puder partilhar a receita do prato principal - da qual me esqueci completamente de tirar fotos, uma vez que tive um pequeno percalço com alguns dos raviolis que insistiram em ficar agarrados ao tabuleiro e se desfizeram antes mesmo de entrar na água a ferver….
Mas há a partilha da simples entrada - com uma foto muito feia - mas que ilustra a simplicidade da entrada, e que não é preciso muito para receber amigos em casa.
Haja alegria!

Ingredientes para 4 pessoas:

1 cunha de queijo Brie
4 figos pingo de mel (ou outros)
4 ameixas amarelas
1 pernada de tomilho fresco
2 colheres de sopa de mel
1 colher de sobremesa de açúcar mascavado

Preparação:

Lave bem os figos e as ameixas e corte-os ao meio. (Não vale a pena descascar a fruta). Retire o caroço às ameixas.
No centro de um prato que vá ao forno e à mesa coloque o queijo Brie e disponha depois as ameixas juntamente com os figos à volta do queijo.
Salpique a fruta com o açúcar mascavado e regue depois com o mel e acrescente as folhinhas de tomilho.
Leve depois a fruta e o queijo ao forno previamente aquecido a 180ºC durante cerca de 10 minutos - apenas para que o queijo amoleça a fruta caramelize um pouco - e sirva ainda quente, com bolachas de água e sal ou fatias de pão.
Poderá acompanhar com um pouco de rucula.


Bom Apetite!

Curd de Maracujá


Não sou fã de maracujá, e confesso que o uso muito pouco. Mas uma pequena remessa de maracujás que vieram de casa da sogra foram o mote que eu precisava para os utilizar e lhes dar uma outra oportunidade. Posso não gostar muito de os comer ao natural, mas nada me impede de os utilizar em algumas receitas. Afinal, para quem gosta do sabor doce e ácido de framboesas e de limão, tem tudo para também gostar de maracujá.
Depois de, durante as férias, ter colocado em prática a famosa e muito apreciada tarte de maracujá da sogra, tinha chegada a altura de fazer outras coisas. Para já curd de maracujá e uma tarte de maracujá e chocolate que tem como recheio este curd e ainda a ideia de fazer um parfait ou um gelado… vamos a ver.
Para já, e como sugestão de fim de semana, a minha primeira vez com o curd de maracujá. Até eu, que não sou grande apreciadora gostei bastante. E acho que, definitivamente, já não posso dizer que não gosto de maracujá. Mas gosto mais de outros sabores!
Bom fim de semana e bons cozinhados.

Para 1 frasco de 300ml:

300g de polpa de maracujá fresco
sumo de meio limão
2 gemas + 2 ovos inteiros
150g de açúcar
75g de manteiga (ou margarina)

Preparação:
Coloque todos os ingredientes num tacho e leve a lume muito brando a cozinhar até engrossar e ficar com uma mistura opaca e homogénea. Ao início a mistura fica com um aspecto estranho, parecendo que está deslaçada, mas à medida que for cozinhado e sem parar de mexer a mistura vai-se tornando homogénea.
Guarde num frasco e deixe arrefecer completamente antes de usar.
Se não gostar de sentir as sementinhas do maracujá, coe a polpa antes de usar, de maneira a separar as sementes da restante polpa e siga com a receita de acordo com o indicado.
Poderá guardar a mistura depois de pronta no frigorífico durante algumas semanas. Se quiser guardar por mais tempo é aconselhável fazer a pasteurização, colocando o frasco (que deverá estar esterilizado antes de o encher com o curd) devidamente fechado numa panela e enchendo-a,até 3/4 do frasco, com água. Leve ao lume e conte 10 minutos assim que começar a ferver. Desligue e deixe arrefecer completamente antes de retirar o frasco com o curd da panela. Assim aguentará alguns meses.


Bom Apetite!

Frango Assado com Legumes e Coentros


Setembro é para muitos um quase início de “ano”. Porque (re)começa o ano escolar, porque coincide com o final de férias e o recomeçar o trabalho. Eu também sinto Setembro um bocadinho assim… E por vezes tenho uma enorme vontade de fazer balanços e de estabelecer objectivos antes do fim de ano tradicional de 31 de Dezembro.
Quis o destino (a vida, Deus, ou tudo o resto que lhe queiram chamar) que Setembro fosse o mês de chegada do Zé Maria e o mês previsto para a chegada do António - a ver vamos.
Talvez por isso Setembro seja para mim, agora, um mês ainda mais importante.
Que balanços e que objetivos me trazem este Setembro? Bem… acho que ser mãe de duas crianças me vai definitivamente por à prova. Que as coisas vão ser diferentes, mas que ao mesmo tempo vão ser melhores que nunca. Que terei muito menos tempo para mim e para as minhas coisas, mas que certamente que vou sair enriquecida de toda esta aventura da maternidade com duas crianças tão pequenas. Que o tempo - por escolha minha (nossa)vai ser essencialmente para eles, mas que isso não quer dizer que vá apenas viver em função deles.
Tenho a certeza, que os meus principais objectivos serão encontrar o equilibrio entre os filhos pequenos (e exigentes como são nestas idades) e com o que se passa à minha volta. Com as coisas que já fazia e que gostaria de continuar a fazer. O objectivo a partir deste Setembro é encontrar esse ponto de equilíbrio que me permita estar bem com eles e comigo, sem passar a ser apenas mãe e esquecer-me de todas as outras coisas que sou.
No meio da azáfama da vida, dos filhos e do trabalho, quero continuar a olhar para a frente e a tentar ver sempre o lado positivo das coisas. A acreditar que há sempre remédio e solução para tudo. Que nunca devemos baixar os braços. Que há alturas em que temos de arriscar e saltar de cabeça para algumas coisas. Que não é importante o ter. E que devemos ser sempre felizes com coisas simples. Mais importante de tudo: conseguir passar essa mensagem aos meus filhos e continuar a viver de acordo com ela. 



E entretanto um desafio lançado pelo Lidl/Gang dos Frescos. Uma iniciativa que pretende ensinar e incentivar os mais pequenos a adotar estilos de vida saudáveis e sustentáveis, de forma lúdica e pedagógica. Uma causa com a qual, como sabem me identifico! Portanto não podia deixar de participar nesta iniciativa e tentar criar uma receita com estes fantásticos ingredientes. Falta decidir qual!

Ingredientes para 2 pessoas (com sobras):

1 frango pequeno
8 batatas pequenas
1/2 pimento amarelo
1 cebola
2 dentes de alho
1 alho francês pequeno
12 tomates cereja
sal e pimenta q.b.
piri-piri a gosto (opcional)
1 molho de coentros frescos
1 pitada de colorau
1 folha de louro
azeite q.b.
100ml de vinho branco

Preparação:

Tempere o frango com sal, pimenta e um pouco de colorau, por dentro e por fora e coloque-o numa assadeira. Descasque os dentes de alho e esmague-os, colocando-os depois dentro da cavidade interior do frango. Coloque também um pouco e coentros.
Descasque a cebola e corte-a grosseiramente e coloque à volta do frango. Lave bem as batatas, corte-as em quartos e coloque-as também à volta do frango assim como o pimento em cubos, o alho francês em rodelas grossas e os tomates cereja. Tempere os legumes com um pouco de sal e pimenta e regue tudo com um pouco de azeite e com o vinho branco, junte a folha de louro partida ao meio e acrescente um pouco de piri-piri se estiver a usar.
Polvilhe com um pouco mais de coentros e leve ao forno previamente aquecido a 180ºC durante cerca de 1h20, ou até o frango estar dourado e os legumes cozinhados.
Polvilhe com um pouco mais de coentros frescos antes de servir e acompanhe com uma salada.


Bom Apetite!

Tarte de Chocolate e Maracujá e uma Escolha Vegetal


É sempre com entusiasmo que recebo desafios para criar receitas tendo como base alguns produtos. É um desafio à minha criatividade, à receita que melhor poderá mostrar os ingredientes, mas também é uma forma de usar e muitas vezes conhecer e dar a conhecer alguns produtos que nunca tinha experimentado.
Desta vez o desafio vem da Escolha Vegetal. Uma campanha de sensibilização que pretende demonstrar a origem dos cremes vegetais, e os benefícios que a inclusão deste tipo de produtos tem na alimentação diária.
A campanha, com a chancela da Unilever Jerónimo Martins, engloba produtos como a Becel, a Planta, Flora, Vaqueiro e Tulicreme.
Todos estes produtos têm na sua origem óleos provenientes de sementes de plantas como o girassol, a linhaça ou a colza, tão em voga nos dias que correm. Também na sua origem está uma receita simples e natural devidamente adaptada à realidade do dia-a-dia e que é possível fazer em casa: video.
O desafio de fazer uma receita com um destes produtos leva-me de novo às memórias de sempre na cozinha, e desta vez ao pacote de vaqueiro que nunca faltava na cozinha da avó e mais tarde na da mãe. Curioso como há produtos que nos remetem automaticamente para certas receitas e memórias gastronómicas…
Não creio que a minha avó alguma vez tenha feito uma tarte de chocolate e maracujá. Mas a combinação é perfeita e parece-me o ponto de partida ideal para sugerir esta escolha vegetal. Uma receita deliciosa, com o uso de um produto que sempre me habituei a ver as mulheres da minha vida a utilizarem e que agora sei, serem preparados de sementes cuidadosamente escolhidas e que fazem parte desta Escolha Vegetal (Ricos em vitaminas A, D e E, em Omega 3 e sem gorduras trans nem colesterol).



Ingredientes:

Massa:
100g de chocolate 70% cacau
50g de vaqueiro ou vaqueiro sabor a manteiga
150g de bolacha digestiva ou Maria

Creme de Maracujá:
1 chávena - cerca de 225ml de capacidade - de polpa de maracujá fresco
2 colheres de sopa de sumo de limão
75g de vaqueiro
2 gemas + 2 ovos inteiros
150g de açúcar

Cobertura:
2 claras + 4 colheres de sopa de açúcar

Preparação:

Comece por preparar a massa de chocolate. Coloque o chocolate partido em pedaços numa taça, assim como a vaqueiro e leve a derreter ao micro-ondas durante cerca de 1 minuto, mas mexendo a cada 20 segundos para que o chocolate não queime.
Quando estiver bem derretido misture a bolacha previamente triturada e envolva bem de modo a obter uma espécie de massa.
Forre depois o fundo e os lados de uma tarteira de fundo amovível (ou pequenas formas individuais) e leve ao frigorífico a prender.
Entretanto prepare o creme de maracujá. Coloque todos os ingredientes num tachinho e leve a lume brando a cozinhar até engrossar e ficar com uma mistura opaca e homogénea. Se necessário bata com uma batedeira eléctrica para ajudar a engrossar.
Guarde num frasco e deixe arrefecer completamente antes de usar.
(Poderá fazer com antecedência e guardar no frigorífico até duas semanas antes de usar.)
Recheie depois a base de chocolate com o creme de maracujá e volte a colocar no frigorífico para ficar bem fria.
Antes de servir, bata as claras com o açúcar até ficar com uma espécie de merengue e cubra a tarte com a ajuda de um saco pasteleiro. Com um maçarico de cozinha queime ligeiramente o merengue e sirva de imediato cortada em fatias.

Bom Apetite!

Tarte de Salmão


Ando numa de tartes. Depois de imenso tempo sem as fazer a não ser para alguma festa ou lanche ajantarado, ultimamente têm-me apetecido mais vezes, e acho que são mesmo uma combinação perfeita para os dias mais quentes, acompanhadas por uma bela salada.
Também tenho optado sempre por fazer a massa em casa, e reconheço que fica muito melhor e que torna a tarte muito mais apetitosa.
Claro que a receita não tem de ser feita com massa preparada em casa e sintam-se à vontade para usar massas de compra refrigeradas.
Desta vez o recheio foi de salmão, com muitos legumes à mistura, para ajudar a gastar o que tem vindo da horta.
Uma refeição completa que todos gostamos e que pose ser preparada com alguma antecedência e até congelada para saborear em dias com menos vagares na cozinha.

Ingredientes para 2 a 3 pessoas (uma tarte pequena):

2 postas ou lombos pequenos de salmão
1 alho francês
1/2 pimento verde em tirinhas
4 folhas de acelgas ou uma mão cheia de espinafres
14 tomates cereja
sal e pimenta q.b.
azeite q.b.
sumo de limão q.b.
2 ovos + 100ml de leite
1 receita desta massa - ou 1 rolo de massa quebrada de compra

Preparação:

Forre uma tarteira de fundo amovível com a massa preparada ou de compra e pique-a com um garfo. Leve depois a massa ao forno previamente aquecido a 180ºC e deixe cozinhar 10 minutos. Isto previne que a massa não fique mal cozida, o que acontece com algumas vezes quando se fazem tartes ou quiches.
Entretanto prepare o recheio. Tempere as postas de salmão ou os lombos com um pouco de sal, pimenta e sumo de limão.
Numa frigideira cozinhe o salmão uns minutos de ambos os lados e, sem acrescentar gordura, e retire-o de seguida. Limpe-o depois, de peles e espinhas - caso use postas - e desfaça-o em lascas. Reserve.
Corte o alho francês em rodelas finas e lave-o bem para limpar todas as impurezas.
Leve uma frigideira ao lume com um pouco de azeite e acrescente o alho francês, deixando-o cozinhar. Acrescente depois o salmão em lascas, os tomates cereja cortados ao meio, as acelgas ou espinafres cortados grosseiramente e o pimento em tirinhas. Retifique de sal e pimenta e deixe saltear uns minutos. Reserve.
Coloque esta mistura de salmão e legumes sobre a massa de tarte espalhando bem.
Entretanto bata os ovos com o leite e tempere com um pouco de sal e pimenta e verta cuidadosamente sobre o recheio de salmão.
Leve a tarte novamente ao forno e deixe cozinhar cerca de 25 minutos até o recheio estar firme e a massa totalmente cozinhada.
Sirva morna ou depois de fria com uma salada.


Bom Apetite!

Entrecosto com Mistura de Especiarias e Café


Já chegamos às 37 semanas de gravidez. A partir de agora o António pode nascer a qualquer instante. Confesso que apesar de uma gravidez tranquila e sem sobressaltos, estou cheia de vontade de o conhecer. De lhe pegar, de o cheiras, de olhar para ele e saber se vai ser parecido com o mano ou não. De lhe poder dar o meu dedo e de o sentir a agarrá-lo com força. De lhe poder segurar ao colo pela primeira vez. Nesta altura já só penso no dia em que vai nascer. Este ano não há planos para o aniversário do Zé Maria, que este “péssimo” timing destes pais, faz com que os dois miúdos ainda acabem a nascer no mesmo dia (esperemos que não!). Ainda bem que o Zé Maria é pequenino e não vive ainda a excitação dos aniversários, o que nos permitirá, se for esse o caso, de adiar um pouco a festa do Zé caso o António decida chegar por volta do dia 18 de Setembro.
As malas estão mais do que prontas. O quarto preparado, o carrinho montado, o berço à espera de receber o novo membro da família. 
Enquanto se espera a mãe distrai a mente a fazer o que mais gosta: vai cozinhando.
E assim sai um entrecosto com um aroma especial que fez as delícias cá em casa. (E de como adoramos ver o Zé Maria agarrado a comer um “osso” de entrecosto!)

Ingredientes para 2 pessoas:

1kg de entrecosto, numa peça inteira
1 colher de sopa de sal marinho tradicional
1 colher de sobremesa de pó de café (não é café solúvel, mas sim café moído para a máquina)
1 colher de sopa de açúcar amarelo
1 colher de sobremesa de ervas da provença
1 colher de sobremesa de pimentão fumado (na falta deste podem usar colorau normal)
pimenta q.b.

Preparação:

Numa pequena taça junte todos os ingredientes da mistura de especiarias: o sal, o café, o açúcar amarelo, as ervas da provença e o pimentão fumado. Acrescente um pouco de pimenta moída na hora e misture bem.
Coloque o entrecosto numa assadeira ou tabuleiro onde caiba inteiro e cubra-o, de um lado e de outro, com a mistura de especiarias, de modo a que fique todo bem coberto.
Deixe ficar assim pelo menos uma hora.
Ao fim desse tempo leve o entrecosto ao forno previamente aquecido a 140ºC e deixe cozinhar lentamente, cerca de 2 horas até o entrecosto estar macio. Não é necessário juntar nenhum líquido, nem gordura. Ao fim desse tempo, aumente a temperatura do forno para 180ºC e deixe cozinhar mais 30 minutos.(O entrecosto deverá estar macio. Se isso não acontecer, deverá deixar ficar mais um pouco de tempo a cozinhar o entrecosto a uma temperatura mais lenta!)
Retire do forno e corte o entrecosto em pedaços. Sirva com arroz ou batatas assadas, uma salada e milho doce também assado no forno e pincelado depois com manteiga.


Bom Apetite!

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