Parece que foi assim de repente, num abrir e fechar de olhos que chegamos ao fim de 2015. E é, portanto altura de fazer balanços.
Todos, os finais de ano, sento-me a refletir sobre o ano que passou. O que concretizei, o que ficou por fazer, o que alcancei, das coisas que me despojei… As conquistas, os desastres, as felicidades e as infelicidades. As mágoas e as alegrias.
Pego na minha lista dos 12 “desejos” que escrevo para o ano, e vejo o que consegui ou não atingir. Risco o que foi concretizado e volto a desejar o que não consegui, escrevendo-o novamente na lista de desejos para o ano que começa. Analiso, penso, e em alguns casos pergunto se vale a pena, o que devo alterar, o que devo permitir-me desejar.
Este ano trouxe-me o melhor e também o menos bom. Foi no último dia do primeiro mês do ano que a avó partiu. Acho que já estava cansada da situação em que estava. Cansada de viver assim, numa vida que às vezes já nem é vida, apesar dos nossos mimos constantes. Partiu porque tinha chegado a hora dela, mas deixou-nos um vazio enorme. Quem a conheceu sabia que não havia ninguém mais bondoso do que ela. E a minha querida e doce avó vai-me sempre fazer muita falta - mas eu sei que ela estará sempre comigo. Acho que 2015 começou por me trazer a perda mais dolorosa até hoje!
Mas quase ao mesmo tempo das coisas muito tristes, a maior felicidade veio também. Aperceber-me que vinha um novo bebé a caminho foi a descoberta mais maravilhosa de sempre - que só tive pena de não ter tido oportunidade de partilhar com a avó! Depois de anos de luta contra a infertilidade e da dificuldade em conceber o Zé Maria, descobrir que estava grávida do António, assim quase sem contar, foi o melhor do meu 2015.
Depois destes dois grandes acontecimentos que marcaram o meu ano, tudo o mais foi de menor importância e o ano passou a correr.
Uma nova casa, obras durante 4 meses. A mudança já nas 30 semanas de gestação. Depois disto as férias, e no regresso o segundo aniversário do meu rapazinho Zé Maria e menos de uma semana depois o nascimento do António.
Do final de Setembro ao Natal, foi um pulinho. Pelo meio fiz 37 anos. E hoje, chega ao fim 2015. E assim se resume mais um ano.
Na cozinha, foi um ano cheio de aventuras: experimentar novos alimentos e novas receitas. Continuar a diversificação alimentar do Zé Maria evitando açúcar e alimentos demasiado processados. Aprender coisas novas. Tentar melhorar as minhas fotos.
Pelo meio ainda preparei um novo livro de culinária que deverá sair durante o mês de Março. E que aventura isto foi! Preparar um livro tendo 2 bebés em casa não é tarefa para todos, e houve alguns dias de verdadeiro desespero, principalmente naqueles em que foi preciso cozinhar e testar cada uma das muitas receitas que o compõem.
Talvez por tudo isto o meu 2015 tenha passado tão depressa. Os anos passam depressa quando estamos empenhados em viver a vida, ocupados com o que nos faz feliz, a querer aproveitar cada bocadinho daquilo que a vida nos dá. Pelo menos eu penso assim.
Talvez por isso deixe quase sem registo as coisas que me aborrecem. Os anos têm-me ensinado a deixar de dar valor a quem não merece, e ao que não merece. A quem diz mal (impossível agradar a todos), a quem finge ignorar (mas que sabe tudo o que se passa)e a quem não dá valor e finge não conhecer (porque acham que são melhores - e provavelmente até são!)
E agradeço-vos, do fundo do coração, todas as visitas, comentários, palavras, likes, incentivos e mails durante este 2015. Espero poder continuar a ser merecedora das vossas visitas, e a conseguir de alguma forma inspirar-vos a cozinhar e a darem o melhor de vocês - de barriga no fogão e à volta da mesa - aos vossos, àqueles que amam.
Que tenham um Feliz 2016! Boas entradas a todos!