Não fico zangada. Nem sequer desiludida, espantada ou aborrecida. Aceito as opções dos outros, daqueles que já fizeram parte da minha vida e, que por um motivo ou por outo, decidiram afastar-se. Aceito já não fazer parte desse círculo, de não saber o que fazem ou como estão. Aceito a desconsideração, a falta de dialogo, os “esquivamentos” quando o acaso nos faz cruzar. Aceito as opções porque todos somos livre de as tomar quando e como queremos. Aceito as diferenças – as de vida, de educação e de feitios.
E é por aceitar tudo isso, que não me zango e que não me sinto sequer desiludida. Essa fase já passou. Já fiquei zangada. E triste. E desiludida. E até sou capaz de ter derramado umas lagrimas. Mas agora não.
Agora já aceitei. E se pensar um bocadinho nisso, pelo menos para já, também não quero voltar atrás. Ao que eramos dantes. Porque as verdadeiras amizades não podem jamais ter um fim destes. Andámos enganados, e a enganarmo-nos. E por mil razões que poderíamos ter para até, quem sabe, reatar esta amizade - que já teve tantos altos e baixos - o passar do tempo dá-me uma grande razão para que isso se torne cada vez mais impossível. Foi difícil deixar de estar triste e desiludida. Foi difícil deixar de tentar arranjar uma explicação. Mas quando deixei de procurar motivos e justificações. Quando me perguntei se me fazias assim tanta falta e procurei a resposta nos amigos que nunca me desiludiram e que estiveram sempre comigo nas alegrias partilhadas, nos bons e maus momentos, quando eles próprios atravessaram problemas ou tiveram verdadeiras alegrias, eu tive a minha resposta. E então nessa altura eu aceitei, finalmente, este final.
Ingredientes para 2 pessoas:
500g de borrego com osso, partido em pedaços pequenos
Sal q.b.
1 molhinho de hortelã
100 ml de azeite
30ml de vinagre de vinho branco
Pimenta q.b.
Preparação:
Tempere os pedaços de borrego de sal e leve a grelhar, de preferência nas brasas, até que a gordura derreta e o borrego fiquem bem cozinhado.
Entretanto prepare o molho. Pique finamente a hortelã e coloque-a numa tacinha. Junte depois o azeite e o vinagre e tempere com um pouco de sal e pimenta a gosto. Emulsione bem com a ajuda de um garfo e prove, ajustando depois os sabores – pode sempre necessitar de um pouco mais de vinagre.
Assim que o borrego estiver grelhado coloque numa travessa, e verta sobre a carne o molho de hortelã.
Sirva com batatinhas novas cozidas e uma salada verde.
Bom Apetite!
Receita tão simples e que deverá ser bem boa! Adoro carne de borrego grelhada.
ResponderEliminarQuanto ao resto...este texto poderia ter sido escrito por mim...e é engraçado como o passar do tempo se encarrega de pôr tudo nos seus devidos lugares, de esclarecer dúvidas, de amenizar angústias. Também em relação a uma pessoa que considerava minha Amiga, que tinha nas melhores das considerações, me fez passar por algo assim. Tentei encontrar justificações, esforcei-me a tentar perceber onde é que EU tinha errado... passei pela fase da desilusão, da revolta até!, chorei de tão triste que fiquei. Mas quando, tal como a Joana, percebi que ali não residia a verdadeira amizade e me conciliei com essa verdade, também eu segui em frente!
Um beijinho,
Raquel
Joana, por vezes as pessoas não sabem lidar com o sucesso dos outros e quando isso acontece afastam-se e aí descobrimos que não eram amigos de verdade. Os amigos de verdade ficam connosco na alegria e tristeza. Força e continua a oferecer-nos estas receitas maravilhosas :)
ResponderEliminarJoana, já me aconteceu várias vezes e de fato também pensava assim. Mas o tempo (e a idade) trazem-nos sabedoria e aprendemos (às vezes não da melhor forma) a saber lidar, identificar e seguir em frente. A minha última situação foi com a minha graduação, terminei a licenciatura em junho e nunca mais ela voltou a falar comigo. Paciência, não vou correr atrás.
ResponderEliminarBjocas
O brilho de quem luta e se esforça em vez de ser louvado e acarinhado para algumas pessoas ofusca! É triste o ser humano ser assim. Mas ainda existem outros seres que merecem a nossa consideração. São muito poucos, mas há que os perservar. Um grande beijinho e continue a nos presentear com as suas belas receitas.
ResponderEliminar