Esparguete com Legumes de Verão, Molho de Tomate e Manjericão


No regresso das férias a inspiração para cozinhar tem vindo essencialmente dos legumes da horta, das suas cores e dos seus aromas.
Ter a sorte e/ou privilégio de cozinhar com produtos apanhados uma ou duas horas antes é que me dá imenso prazer. Lembro-me de ser miúda e, em casa dos meus avós paternos irmos apanhar alfaces mesmo antes de as lavarmos para a salada do almoço, ou os tomates mesmo antes de os cortar para o refogado, ou as couves para a sopa apanhadas minutos antes de irem para a panela.
Acredito que para quem não vive na cidade e tenha uma horta ou quinta, esta prática ainda seja comum. Mas quem tem de fazer as suas compras maioritariamente em supermercados com produtos que viajam entre vários países durante dias, ou que são acondicionados em câmaras frigoríficas durante semanas, ir a à horta ou a um mercado com pequenos produtores em que a fruta e os legumes são colhidos pouco antes de vender torna-se uma experiência completamente diferente, quer em termos de sabor, quer de cheiro e até de textura.
Por aqui assou-se um tabuleiro de legumes e preparou-se um saboroso molho de tomate. No fim, um pouco de espaguete ligou tudo, num jantar de meio de semana sem carne ou peixe.

Ingredientes para 2 pessoas (com sobras de legumes)

Para os legumes assados:
1 beringela pequena
1 courgete pequena
2 cebolas roxas pequenas
1 pimento vermelho pequeno
2 entes de alho
sal e pimenta q.b.
azeite q.b.

Para o molho de Tomate:
3 tomates maduros
1 cebola amarela
sal e pimenta q.b.
azeite q.b.
2 colheres de sopa de vinagre balsâmico
folhas de manjericão fresco q.b.

200g de esparguete
queijo parmesão ralado na hora q.b.
folhas de manjericao fresco q.b.

Preparação:

Para os legumes assados lave bem a beringela e a courgete e corte-as em rodelas não muito grossas. corte depois as rodelas ao meio e coloque-as num tabuleiro que possa ir ao forno. Junte depois as cebolas previamente descascadas e cortadas em meias luas finas, e o pimento em cubinhos. Esmague os dentes de alho e acrescente aos legumes.Tempere com um pouco de sal, pimenta e regue com azeite. Envolva bem todos os legumes e leve a assar em forno previamente aquecido a 180ºC até que os legumes estejam macios e ligeiramente dourados.
Para o molho de tomate pique finamente a cebola e leve-a a refogar com um pouco de azeite. Arescente depois os tomates cortados em cubos pequenos e deixe cozinhar cerca de 10 minutos. Tempere depois a gosto com sal, pimenta e com o vinagre balsâmico e deixe cozinhar até o molho estar apurado. Quando o molho estiver pronto acrescente algumas folhas de manjericão fresco rasgadas com as mãos, envolva bem e desligue o molho. Reserve.
Entretanto coza o espaguete em água a ferver temperada de sal até ficar al dente. Escorra bem e coloque-o num prato de servir. Acrescente os legumes assados e molho de tomate a gosto e envolva bem até a massa estar bem coberta.
Acrescente o queijo parmesão a gosto sobre a massa quente e decore com umas folhas de manjericão fresco.

Bom Apetite!


3 comentários :

  1. Anónimo09:54

    Que prato tão colorido e aromático! É pena os computadores ainda não transmitirem o aroma! Uma maneira diferente de usar os legumes de Verão e de combinar com o esparguete. Morei numa quinta, onde os meu pai e os meus vizinhos tinham umas pequenas hortas e galinheiros, além das árvores de fruto existentes. Os legumes eram colhidos e logo utilizados para as refeições (e muitas vezes os tomates, cenouras e ervilhas não chegavam ao destino!). O final do Verão significava debulhar o grão e o feijão secos para guardar, fazer marmelada e doces de tomate, pera, ameixas. Tenho saudades da ginjeira e da figueira que estavam quase coladas à casa, e que estavam sempre carregadinhas de fruta, bem como dos damasqueiros, pereiras ("pera de água", que aparece no Verão) e ameixoeiras (que davam as ameixas vermelhas pequenas, ameixa de S. João ou de Santa Bárbara), que o meu pai cuidava com tanto cuidado. Mas mesmo quem não tenha uma horta, experimentem ir à praça, feiras e mesmo mercados biológicos, há sempre pequenos produtores a venderem os seus produtos. As melhores tangerinas que comi foram compradas numa senhora que vendia ao pé da praça da zona onde moro. Um grande beijinho e muita inspiração, Sara Oliveira

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  2. Que belíssimo prato, cheio de coisas nutritivas e saborosas :) Produtos frescos é mesmo outra coisa ;) Bjinhos.

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  3. Anónimo14:52

    Olá Joana. Leio assiduamente o blogue, reproduzo e recrio muitas das receitas que publica.
    Cada vez mais há a preocupação de consumir alimentos frescos e de saber de onde vêm. Houve um tempo em que isso não era sequer um questão, porque todos nós ( as nossas mães) compravam a fruta, legumes e hortaliça no lavrador que os cultivava. A mesma coisa com a carne (os frangos, pelo menos, e os ovos, claro!). Uns anos mais tarde, já eram mais comuns os mini-mercados e supermercados e os congelados e o que era bom e moderno era poder ir à arca frigorífica e tirar uma refeição quse pronta, fossem rissois ou peixe panado. Mais recentemente, tornou-se normal, e mais uma vez sinal de modernidade, a comida já pronta – a fast food. Nada contra nenhuma destas coisas, que eu adorava! Mas reflectindo agora, e na minha opinião, tudo isto é fruto da evolução dos tempos. Por isso é que cada vez mais se valoriza a origem e o processo de produção dos alimentos e de muitas outras coisas. Por isso é que actualmente se dá mais valor a uma peça única, feita à mão, resultado do tempo que alguém lhe dedicou do que a algo retirado de uma prateleira onde estão dezenas ou centenas de objectos iguais. A questão de saber a origem dos nossos alimentos, principalmente, é relativamente recente em Portugal e ainda há muito caminho para andar. Ontem lia um livro da Nigella Lawson de 1998 onde ela já abordava a importância de usar ovos biológicos e de galinhas criadas ao ar livre, onde comentava que nessa altura tinha deixado de comprar carne em supermercados e ia apenas ao talho perto de casa, por exemplo.
    Dito isto, revejo-me no que escreveu e penso mesmo que esse é o caminho a seguir. Questionar as origens, e se não forem portuguesas, perguntar se não é possível ter determinado produto produzido totalmente em Portugal, valorizar e consumir (comprar) o que está na época e quando possível cultivar e criar aquilo que queremos comer!
    :* Isabel

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