Sopa de Alho Francês (sem batata) com Rama salteada



Há muitos anos que faço sopa sem batata. Não que tenha “medo” de batata que consumo de outras formas, mas habituei-me a raramente usar em sopa e assim faço.

É também uma forma de não duplicar a quantidade de batata se já a comer no prato seguinte.

A ideia de usar a rama do alho francês a guarnecer a sopa é só conhecida, mas normalmente não gostava porque a rama ficava fibrosa e rija. No entanto sugeriram-me que a salteasse primeiro num pouco de azeite e só depois a junta-se à sopa, no fim de feita. E faz realmente toda a diferença. Esta sopa ficou incrivelmente deliciosa. e faz todo o sentido partilhar aqui.

E foi muito a pensar na minha amiga Joana, que diz que não gosta das sopas delas e que a tenho de ensinar a fazer sopa! 


Ingredientes para cerca de 2 litros de sopa


3 alho franceses médios com rama

400g de couve coração

400g de courgete com casca

sal e pimenta q.b.

1 pitada de noz moscada (opcional)

azeite q.b.

500ml de água


Preparação:


Corte a parte verde dos alhos franceses em rodelas e lave bem para retirar todas as impurezas.

Leve ao lume uma frigideira com uma colher de sopa de azeite e refogue a rama do alho francês, em lume brando, até que fique bem macia, cerca de 10 a 15 minutos. Retire e reserve.

Leve depois uma panela ao lume - ou na bimby  - e coloque a parte branca do alho francês cortada em pedaços pequenos, as courgetes também em pedaços pequenos e a couve em juliana não muito fina. Junte mais uma colher de sopa de azeite e deixe suar os legumes em lume brando, tapado, cerca de 15 minutos (Na bimby 15m a 100ºC velocidade 1)

Ao fim desse tempo acrescente a água, tempere de sal, uma pitada de pimenta e de noz moscada e deixe cozinhar mais 15 minutos, tapado até os legumes estarem macios. ( Na bimby mais 15 minutos a 100ºC velocidade 1).

Triture depois a sopa e se necessário crescente mais água e retifique de sal. 

Junte a rama do alho francês previamente cozinhada e misture bem.

Sirva quente.


Bom Apetite!

Bacalhau com Todos (Versão Kids Friendly)



Aqui por casa, o quem vem para a mesa é para todos. É muito raro e apenas com coisas muito específicas é que se faz outra comida. 

Na maioria das vezes pode haver uma adaptação do que estamos a comer. Por exemplo beringelas recheadas para nós e só o recheio para os miúdos que tem beringela na mesma, mas como não está dentro da beringela já comem sem refilar.

Depois há outras receitas que torno só mais apelava ou, como neste caso mais simples de servir, uma vez que o bacalhau já vai arranjado para a mesa e pronto  servir. Mas na verdade continua a ser bacalhau cozido com todos!

Deixo aqui mais pela ideia do que propriamente pela receita. Sei que nem sempre é fácil fazer com que as crianças comam exatamente o mesmo que os adultos.

Mas há que arranjar novas formas e nunca desistir!


Ingredientes:


2 lombos grandes de bacalhau

4 batatas grandes

5 ovos

400g de feijão verde

2 dentes de alho

azeitonas q.b.

azeite q.b.

sal q.b.

vinagre (opcional)


Preparação:


Descasque as batatas e corte-as em fatias grossas. Coloque-as numa panela, cubra com água e tempere de sal. Junte também os ovos.

Leve ao lume e assim que levantar fervura acrescente o feijão verde previamente arranjado. Deixe cozinhar até as batatas e o feijão verde estarem macios. Retire e reserve colocando os ovos em água fria.

Entretanto coloque uma outra panela ao lume com água e uma pitada de sal. Deixe levantar fervura. Assim que estiver a ferver, junte os lombos de bacalhau, tape e desligue do lume. Deixe ficar assim 10 minutos. Ao fim desse tempo retire as posta de bacalhau e deixe arrefecer um pouco.

Descasque os ovos e pique-os grosseiramente. Corte as batatas em pedaços mais pequenos. Limpe o bacalhau de peles e espinhas e lasque-o e pique finamente os dentes de alho.

Num tabuleiro coloque o feijão verde e salpique com metade do alho e junte um pouco de vinagre. Por cima disponha as lascas de bacalhau, acrescente o resto do alho picado e regue com um pouco de azeite. Cubra com as batatas cortadas, junte mais um pouco de azeite e termine com os ovos picados e as azeitonas.

Sirva de imediato.


Bom Apetite!

Panquecas de Beterraba





No último cabaz do O Canteiro do Oeste vinha uma beterraba. Aqui em casa ninguém é particularmente fã. Pessoalmente prefiro as beterrabas depois de assadas, razão pelas qual as asso no forno embrulhadas em papel vegetal quase sempre.

Desta vez, e porque os miúdos pediram panquecas arrisquei numas panquecas cor de rosa usando na massa a beterraba assada.

Foi um sucesso, principalmente para a Benedita que adorou as panquecas cor de rosa. Não ficaram a saber muito a beterraba, a cor ficou linda e portanto pode ser uma boa opção se quiserem “disfarçar” este legume.


Ingredientes:


350g de farinha

1 colher de sobremesa de fermento em pó

1 beterraba média assada

2 ovos

100ml de bebida vegetal aveia

2 colheres de sopa de azeite


Preparação:


No copo da liquidificadora ou do robot de cozinha coloque todos os ingredientes e triture até obter uma massa lisa e homogénea e não demasiado líquida. (se achar necessário junte um pouco mais de bebida vegetal ou de  farinha)

Aqueça bem uma frigideira anti aderente ou uma chapa de grelhar e coloque depois colheradas de massa. Assim que a massa começar a fazer bolinhas, vire-as e deixe cozinhar do outro lado.

Sirvo com fruta a gosto, iogurte, maple syrup ou mel ou manteiga de frutos secos.


Bom Apetite!

Molho de Tomate Picante



Foi mais um fim de semana a correr entre Lisboa e Porto para os primeiros workshops da Páscoa de 2022.

Como sempre é um prazer estar a cozinhar com todos, e partilhar receitas, ideias, e muitas risadas. Os workshops pretendem sempre ser descontraídos e divertidos porque ninguém deixa a sua família durante o fim de semana para apanhar uma seca!


É sempre bom rever as caras já conhecidas e ficar a conhecer novas pessoas.

Sou sempre muito grata por este caminho que a minha vida tomou. Pelas pessoas que me é permitido conhecer e pelas amizades que tive o privilégio de ir fazendo.


Muitas vezes falo do pior das redes sociais. Mas as redes socais também me trouxeram pessoas que são agora parte integrante da minha vida e dos meus dias e me fazem feliz todos os dias!


Ingredientes :


500ml de polpa de tomate

2 dentes de alho

1 cebola pequena

1 colher de sopa de azeite

sal e pimenta q.b.

1 colher de sopa de órgãos secos

1 colher de chá de harissa ou outra pasta picante a gosto


Preparação:


Pique finamente a cebola e os dentes de alho. Leve uma frigideira ao lume com uma azeite e acrescente a cebola e os dentes de alho picados. Deixe cozinhar em lume brando ate a cebola ficar dobradinha. Junte depois a polpa de tomate, a harissa e tempere com os órgãos, o sal e a pimenta. Envolva bem

Deixe cozinhar em lume brando, mexendo ocasionalmente de modo a que o molho fique mais reduzido e consistente, cerca de 25 minutos.

Sirva como acompanhamento de croquetes caseiros, com hambúrgueres ou com massas e legumes.


Bom Apetite!

Biscoitinhos de Laranja (sem açúcar, ovos ou laticínios)



Enquanto os meus filhos foram pequeninos, nunca fui muito de fazer receitas de bolos ou bolachas próprias para bebés, sem açúcar, para que eles pudessem comer.

Não em parecia importante oferecer bolos e bolachas ainda que “saudáveis” a bebés, porque sempre achei que eles seriam demasiado pequenos para perceber que aquele bolo era diferente de um bolo dito normal. Eu simplesmente não lhes oferecia nenhum tipo de bolos ou bolachas.

Agora que eles cresceram, que já pedem, acabo a ter mais essa preocupação agora, de lhe dar e enviar nas lancheiras melhores opções. Mas isso não significa que não comam versões banais e normais de bolos e bolachas. Claro que comem! Mas mais em festas ou ocasiões especiais ou uma fatia do bolo de fim de semana.

No dia a dia, nos dias de levar para a escola, aí sim opto por versões menos tradicionais, sem açúcar ou açúcar refinado.

Estas foram a ultima invenção. Além de não terem açúcar, não tem ovo ou laticínios. Podem ser uma opção para bebés em início de diversificação alimentar também!



Ingredientes para 15 unidades:


2 bananas pequenas e maduras

1 laranja grande e sumarenta

1 colher de sopa de azeite

100g de farinha de aveia (flocos de aveia triturados)

50g de farinha de arroz

1 colher de chá de fermento


Preparação :


Descasque as bananas e esmague-as com um garfo até ficarem em papa. Acrescente a raspa da casca da laranja, o azeite, o sumo da laranja e misture bem. Acrescente depois as farinhas e o fermento e mexa até obter uma massa.

Com a ajuda de uma colher forme pequenos montinhos e coloque-os  afastados num tabuleiro forrado com papel vegetal.

Achate-os ligeiramente com as costas de uma colher e polvilhe com um pouco mais de raspa de laranja.

Leve ao forno previamente aquecido a 180°C durante cerca de 12 a 15 minutos.


Bom Apetite!


Feijoada à Brasileira na Slowcooker (e farofa para acompanhar!)



Este ano, o prato escolhido para o aniversário do Miguel foi uma espécie de Feijoada à Brasileira feita na slowcooker.

Nem sempre é fácil agradar a todos, mas carne de porco e feijão têm o condão de agradar a todos por aqui. E depois de muitas voltas à cabeça sobre o que fazer, tive quase uma espécie de epifania e a feijoada foi claramente uma vencedora.

Só depois de ter decidido fazer feijoada, e sabendo que o dia anterior a este almoço ia ser de muito trabalho na cozinha, a ideia de fazer esta receita na slowcooker ganhou forma.

Digo sempre que nunca devemos testar receitas novas nestas ocasiões, mas foi mais forte do que eu e, sem ter 100% certeza do resultado arrisquei a feijoada na slowcooker.

Foi uma aposta ganha. Deixei a fazer durante a noite, e de manhã o cheiro era delicioso. Quase que dava vontade de feijoada para o pequeno almoço.

Pediram muito a receita e ela aqui está!





Ingredientes para 8 a 10 pessoas: (para fazer numa slowcooker de 6 litros)


500g de feijão preto seco

1kg de entrecosto de porco cortado pequeno (peçam no talho)

500g de entremeada cortada em cubos (peçam no talho)

sal marinho q.b.

200g de paio de boa qualidade

2 cebolas grandes

4 dentes de alho

100g de bacon em cubinhos

azeite q.b. 

2 folhas de louro


Para a farofa simples:

200g de farinha de mandioca (farinha de pau)

azeite q.b.


Preparação:


De véspera demolhe o feijão (cerca de 8 horas - e se quiser junte um pouco de alga kombu ao demolhar, mas é opcional)

Coloque também os cubos de entremeada e de entrecosto numa taça grande e tempere (salgue) generosamente de sal grosso. - Importante não saltar o passo de salgar a carne de porco de véspera! Coloque no frigorífico também umas 8 a 24 horas.

Para fazer a feijoada pique as cebolas e os dentes de alho e leve ao lume com um pouco de azeite, o bacon e as folhas de louro e deixe cozinhar até a cebola estar bem refogada e dourada.

Coloque depois esta mistura no fundo da slowcooker. Junte depois a carne de porco, sacudindo o excesso de sal e não colocando a água que entretanto se formou no fundo do recipiente onde a colocou.

Escorra bem o feijão, passe-o por água limpa escorrendo-o novamente e coloque também na slowcooker. Tempere com um pouco de pimenta apenas (não se esqueça que a já tem a carne temperada de sal que é suficiente para tudo!)

Corte o paio em cubinhos e junte à slowcooker.

Acrescente também 350ml de água.

Tape a slowcooker e deixe cozinhar em low cerca de 7 horas.

Para a farofa, leve uma frigideira ao lume com um fio de azeite e deixe aquecer bem. Junte a farinha de mandioca e envolva bem, mexendo sempre até a farinha torrar e ficar dourada. Retire e reserve.

Sirva a feijoada com a farofa, couve mineira (encontra a receita já publicada), carro branco e rodelas de laranja!


Bom Apetite!

Tarte Folhada de Cogumelos, Farinheira e Mozarella



Não preciso de muitas desculpas para cozinhar. Qualquer acontecimento é motivo para levar qualquer coisa.

Há todo um ritual nesta história. Levar um bocadinho de nós, agradar a quem come, proporcionar uma experiência, poder testar receitas novas e experimentar combinações diferentes.

O sogro fazia anos. Nós anos de casados.  Cá em casa havia algumas coisas do agrado de todos que se transformaram numa tarte folhada.

Levar comida para casa de alguém é também uma forma de levar amor. Partilhar comida também é partilhar amor.

E assim esta tarte levou amor.


Ingredientes:


2 bases redondas de massa folhada refrigerada

1 farinheira

250g de cogumelos castanhos

2 dentes de alho

2 bolas frescas de mozarella

sal e pimenta q,b.

1 gema de ovo para pincelar


Preparação:


Retire a pele à farinheira e parta-a em pedaços.

Limpe os laves os cogumelos e lamine-os. Lamine também os dentes de alho e reserve. 

Parta o queijo mozarela em fatias.

Leve uma frigideira ao lume e deixe aquecer. Junte a farinheira e cozinhe-as de modo a que fique tostada e liberte a gordura. Retire a farinheira e reserve.

Na gordura libertada pela farinheira junte os cogumelos e deixe saltear em lume lato. Sempre de sal e pimenta. 

Quando os cogumelos estiverem salteados, junte a farinheira e envolva bem. Acrescente também o queijo, mexa e deixe arrefecer totalmente.

Desenrole depois 1 base de massa folhada num tabuleiro forrado com papel vegetal. Por cima disponha a mistura de farinheira, queijo e cogumelos, deixando uma borda a toda a volta de 2 ou 3 cm.

Cubra depois com a outra base de massa folhada e feche depois a toda a volta com a ajuda de um garfo ou fazendo um rebordo dobrando a massa sobre si.

Pincele com gema de ovo e leve ao forno previamente aquecido a 200ºC durante cerca de 30 minutos.

Se a massa estiver a ficar muito dourada, pro causa do ovo, cubra com um pouco de papel de alumínio.

Sirva em fatias, morna ou fria.


Bom Apetite!


Feijão Estufado em Molho de Tomate com Ovos



Equilibrio. 

“A igualdade de forças de dois corpos que obram um contra o outro ou o estado de um corpo que se mantém, apesar de impelido ou solicitado por forças opostas”

Vivemos em constante equilibrio. Do bom e do mau, do querer e não querer, do fácil e difícil, do certo e do errado, do caro e do barato, do gosta e não gosta.

Tentamos todos os dias o melhor equilíbrio possível. Eu tento esse equilíbrio todos os dias em todos e nos mais variados aspetos da minha vida.

Na parte emocional, pessoal, familiar, profissional, física. Umas vezes para um lado e outras para o outro, mas sempre a tentar encontrar o meio termo,

E começo por falar em equilíbrio porque neste momento sinto que é preciso equilíbrio também noutros campos. O equilíbrio das finanças pessoais numa altura em que tudo sobe menos os rendimentos da grande maioria das famílias, torna esse equilíbrio difícil.

E se esta falta de equilíbrio é das mais difíceis de ultrapassar e põe em causa a dignidade das pessoas.

Pouco posso fazer para ajudar. Mas relembrar que também na cozinha, na forma como fazemos as nossas compras e como cozinhamos é possível encontrar um equilíbrio de refeições simples, rápidas e económicas e igualmente saciantes e nutritivas e que não “envergonham” ninguém. Lembrei-me disso a propósito da receita de hoje.



Ingredientes para 4 pessoas:


1 cebola

2 dentes de alho

1 folha de louro

1 colher de sopa de azeite

500g de polpa de tomate

sal e pimenta q.b.

1 colher de chá de cominhos em pó

1 molho de coentros frescos

500g de feijão cozido (qualquer variedade)

4 ovos


Preparação:


Pique finamente a cebola e os dentes de alho e leve a uma frigideira larga juntamente com o louro e azeite e deixe refogar ligeiramente. Junte depois a polpa de tomate, tempere de sal, pimenta e cominhos em pó e deixe levantar fervura. Acrescente metade dos coentros picados e o feijão cozido e envolva bem. 

Quando voltar a levantar fervura, abra os ovos para dentro da mistura. Tape e deixe cozinhar em lume brando até os ovos estarem a seu gosto.

Antes de servir polvilhe com coentros picados.

Acompanhe com arroz branco e brócolos cozidos.


Bom Apetite!


Creme de Abacate e Banana



Foi um fim de semana preenchido. Os 44 anos do Miguel, casa cheia com a festa possível e comida à mesa.

Os últimos anos mostraram de nunca devemos deixar de celebrar. Não só porque não sabemos o que a vida e o mundo nos reserva, mas porque nem sempre temos tanto tempo como pensamos. Aproveitar o momento. Não viver no passado e muito menos no futuro. Viver o agora e aproveitar ao máximo o que temos.

Nunca iremos construir memórias de um passado que não aconteceu ou de um futuro que apenas sonhamos e imaginamos.

Não adiem festas, celebrações, jantares de amigos, abraços e telefonemas. Se querem mesmo estar juntos, se naquele momento é realmente importante para vocês, avancem.

Não sei como serão os 45. Mas sei como foram os 44. Façam todos os anos e todos os dias contar!


Ingredientes para 2 pessoas:


2 bananas maduras

1 abacate maduro

1 colher de sopa de cacau cru em pó (opcional)


Preparação:


Descasque a banana e o abacate, corte em pedaços e coloque-os no copo da varinha mágica.

Junte o cacau (se usar).

Triture tudo até obter uma textura de mousse.

Sirva como pequeno almoço ou lanche, com topping de granola ou frutos vermelhos.


Bom Apetite!


16 Anos




“Enquanto houver estrada para andar…”


Beringelas Assadas com Especiarias e Molho de Iogurte



Se há algo que tenho aprendido (e apreciado!) nos últimos tempos é sair da zona de conforto. Aquela sensação de experimentar algo diferente, novo, de nos desafiarmos, de tentar ir mais além, de conquistas e de superação. Acho que ganhamos muito mais com isso do que poderíamos pensar. Sou melhor nas minhas rotinas e vida normal quando tenho outra actividade que me desafia e me faz ultrapassar obstáculos e dificuldades.

Não sei se já experimentara a sensação, mas sermos capazes de sair da nossa zona de conforto e desafiarmo-nos dá-nos - pelo menos a mim - uma sensação de crescimento e de que há muito para fazer, descobrir e conquistar. 

Também na cozinha isso acontece! Há tantas receitas, sabores, ingredientes para experimentar que é uma pena não nos desafiarmos a fazer novas receitas, testar novos sabores e novos ingredientes. Juntar o clássico ao novo, mas principalmente não ter medo de arriscar, de sair da zona de conforto do peixe e das batatas, da carne e do arroz!

Hoje o desafio é com beringelas, e posso dizer que ficaram deliciosas. E eu nem sou grande fã de beringelas!


Ingredientes para 2 pessoas:


2 beringelas não muito grandes

sal e pimenta q.b.

1 colher de chá de tomilho seco

1 colher de chá de ras el hanout (especiaria marroquina)

1 colar de chá de azeite


Para o molho de iogurte:

4 colheres de sopa de iogurte

1 dente de alho pequeno

sal q.b.

centros frescos q.b.


Preparação:


Corte as beringelas ao meio no sentido longitudinal (mas mantenha o pé, só porque fica mais bonito!)

Com uma faca afiada faça golpes na polpa da beringela em formas de losangos, mas sem cortar até ao fundo. 

Coloque as beringelas num pirex ou assadeira, pincele com o azeite e e tempere de sal, pimenta, o tomilho e o Ras el hanout. Leve ao forno a 180ºC durante cerca 45 minutos até a beringela estar macia e mole ao toque. Retire e deixe arrefecer.

Prepare o molho de iogurte temperando o iogurte com sal e o dente de alho ralado.

Quando as beringelas estiverem à temperatura ambiente regue com o molho de iogurte e polvilhe com os coentros frescos picados.

Sirva como acompanhamento ou como prato principal com um pouco de arroz basmati ou couscous.


Bom Apetite!

Pescada Assada no Forno com Molho de Tomate e Batatinhas



A minha amiga Joana disse-me há uns anos a frase mais extraordinário acerca de educar os filhos: “Na dúvida, abraça!”

Há muitos dias em que abraçar e não dizer nada resolve muitas coisas cá em casa. Quando eles estão tristes, frustados, quando há zangas e birras, quando choram sabe-se lá porquê, quando estão cansados, quando estão felizes também.

Abraço-os e muitas vezes eles debatem-se debaixo dos meus braços, até que deixam de se debater. Muitas vezes acabam eles a retribuir o abraço, outra ficam-se só de braços caídos no conforto dos meus braços. Mas percebi que o abraço e o embalo do meu corpo resolve muito. Umas vezes mais do que outras. Mas como diz a minha amiga é o que faço em caso de dúvida. Mas também muitas vezes em caso de certeza.


E de volta recebo muitas vezes abraços sem pedir, quando se chegam ao pé de mim e do nada vem um abraço.

Percebi que abraçar é uma linguagem.


Foi também com a minha amiga Joana que aprendi a abraçar, tal como agora abraço os meus filhos. Ao inicio os meus abraços eram frouxos. E quando aprendi a falar a linguagem dos abraços, passei a dar abraços que dizem tudo, e perceber o que me dizem em casa abraço. Mas eu não sou uma pessoa de abraços. Ou melhor, agora sou, mas não era. Com os filhos, marido ou até com os amigos. Abraçar é a maior linguagem de amor.


Ingredientes para 4 pessoa:


6 postas de pescada

1 lata de tomate pelado

1 colher de sopa de azeite

sal e pimenta q.b.

1 colher de sopa de ervas secas a gosto

1 cebola

2 dentes de alho

800g de batatinhas


Preparação:


Descasque a corte a cebola em meias luas, Descasque os alho e lamine-os. Coloque-os no fundo de uma assadeira e por cima disponha as postas de pescada. Sempre de sal e pimenta e cubra com o tomate pelado. À volta disponha as batatinhas cortadas em quartos, e tempere-as de sal. 

Polvilhe tudo com as ervas secas e regue com o azeite.

Tape com papel de alumínio e leve a assar a 180ºC durante cerca de 45 minutos ou até as batatas estarem assadas. No fim retire o papel de alumínio para tostarem.

Sirva com legumes ou uma salada.


Bom Apetite!


Croquetes de Batata Doce e Sobras de Carne



Cozinhar com sobras é uma das minhas coisas favoritas! Saber que tenho alguma coisa no frigorífico a precisar de ser consumida e com ela conseguir fazer uma receita nova, é algo que adoro. Adoro a transformação e adoro por a minha criatividade a funcionar.

Numa altura em que se fala tanto de sustentabilidade e de desperdício, e em que a guerra na Europa está a trazer este aumento de preços e saberemos mais lá o quê, saber rentabilizar ao máximo os aliemos que compramos e transformar os que sobram é uma qualidade que todos deveríamos cultivar.


No meu frigorífico havia batata doce “frita” na airfryer e sobras de bife grelhado e de lombo a vapor. Tudo junto e mais umas coisas básicas a complementar, transformaram-se numa espécie de croquetes que serviram o jantar de 2 adultos e 3 crianças.

Dá que pensar na forma como nos alimentamos, mas também da forma como podemos sempre ter espaço para melhorar e aprender a utilizar as nossas sobras em novas refeições.


Ingredientes para cerca de 18 croquetes:


150g de sobras de batata doce “frita” 

200g de sobras variadas de carne

1 cebola pequena roxa

1 cenoura pequena

sal e pimenta q.b.

1 ovo

40g de flocos de aveia

pao ralado q.b.para panar

azeite q.b.


Preparação:


Descasque a cebola e a cenoura e pique-as finamente. Reserve.

Desfie depois a carne ou pique-a - usei a bimby no modo colher invera, 25 segundos, velocidade 4,5. Retire e reserve. Triture depois as batatas e junte a carne, a cebola e a cenouras picadas. Acrescente o ovo, os flocos de aveia e tempere de sal e pimenta.

Misture bem até obter uma textura que consiga moldar e forme os croquetes (ou bolinhas).

Passe-os por pão ralado e depois frite-os em óleo quente ou leve ao forno pré aquecido  a 180ºC pincelados com um pouco de azeite, durante cerca de 25 minutos.

Eu optei por usar a airfryer - 15 minutos a 180ºC.

Sirva depois com acompanhamentos a gosto.


Bom Apetite!


Maminha no Forno




O fim de semana acabou por não ser o que estava previsto, e os dois workshops foram alterados para outras datas que mais convinham a todos.

E é o que acontece tantas vezes. Seja nos fins de semana ou na vida, as coisas não acontecem como previsto ou planeado e temos de nos adaptar. A capacidade de nos adaptarmos à mudança e às circunstância acaba por dizer muito de nós. E tantas, mas tantas vezes percebemos que os segundos planos são melhores ainda do que os originais.


Não sei se o fim de semana de plano B, não sei se foi melhor, mas foi seguramente diferente do que o que estava previsto, e foi mais dedicado aos miúdos! Fomos ao Exploratório, programa que andávamos a prometer para dias de chuva, tivemos um lanche/jantar improvisado em casa de amigos, e ainda uma festa de anos que se prolongou em jantar com pais e crianças e que foi uma enorme animação para os mais pequenos que ficaram delirantes.


Os meus dias fazem-se de muitas coisas simples que todas somadas me deixam sempre a pensar que a felicidade é isto mesmo.


Ingredientes:


1 peça de maminha, inteira com cerca de 1kg

sal marinho q.b.

3 dentes de alho

tomilho fresco q.b.


Para acompanhar:

Ananás grelhado

pimento padron salteados

feijão preto


Preparação:


Num tabuleiro ou pirex, coloque uma ligeira camada de sal, 2 dentes de alho grosseiramente emagados e uns raminhos de tomilho fresco.

Por cima coloque a peça de carne inteira, e tempere com um pouco mais de sal, o outro dentes de alho esmagado e mais um pouco de tomilho.

Leve ao forno previamente aquecido a 200ºC durante cerca de 30  minutos. O tempo para a carne não ficar demasiado passada depende do forno, mas também da quantidade de carne. (Se ao cortar a carne não estiver bem passada para si, convém deixar mais um pouco!)

Retire a carne do forno, tape com papel de alumínio e deixe repousar uns 10 minutos antes de fatiar, o mais fino que conseguir.

Sirva çom ananás grelhado na chapa ou frigideira, uns pimentos de padron salteados e um pouco de feijão preto.


Bom Apetite!


Almôndegas Simples de Frango



Espera-me um fim de semana de workshops. Os primeiros da Páscoa, apesar de a Páscoa ainda estar distante.

Perguntam-me muitas vezes como faço esta gestão de não estar tão disponível ao fim de semana. Não é muito diferente da gestão que as outras pessoas que trabalham ao fim de semana fazem.

Como os workshops são aqui por Coimbra é possível fazer a gestão das manhãs ainda com os miúdos em casa. Acompanhar algumas brincadeiras, trabalhos de casa, catequeses, passeios no parque…. e ainda ter a possibilidade de almoçarmos todos juntos. À tarde, enquanto a mãe cozinha com as amigas os miúdos passam a tarde com o pai. Há sempre uma ou outra festa de anos, uma ida a casa dos avós, um passeio, uma ida ao parque com os amigos que além de se entreterem uns com os outros, também ajudam a tomar conta dos miúdos e fazem companhia ao pai. Se durante a semana a gestão dos miúdos é mais comigo, porque a minha disponibilidade é outra, ao fim de semana de workshop trocamos esses papeis.

E muitas vezes no fim dos workshops ainda há tempo para jantares em casa de uns e outros e assim quase que nem parece que foi um fim de semana de trabalho… Ajuda muito os workshops serem descontraídos e divertidos e serem também um momento de convívio e partilha entre todos. E são muito mais do que workshops. 


Desejo-vos um bom fim de semana!



Ingredientes para 4 pessoas:


1 cebola roxa

1 colher de sopa de ervas secas a gosto

2 dentes de alho

500g de peito de frango

50g de pão ralado 

sal e pimenta q.b.

azeite q.b.


300ml de molho de tomate caseiro


Preparação:


Corte o peito de frango em pedaços não muito grandes e triture-os no robot de cozinha ou picadora até ficarem numa espécie de uma  papa. Retire e reserve.

Coloque depois a cebola e os dentes de alho e pique também. Junte depois esta mistura  à carne de frango, tempere de sal e pimenta, junte o pão ralado e as ervas secas e misture para ficar tudo bem envolvido.

Forme depois bolinhas e leve-as a cozinhar num frigideira anti aderente com um Coloque depois as almôndegas num pirex ou tabuleiro, pincele com um pouco de azeite e deixar cozinhar no forno pré aquecido a 180ºC cerca de 35 minutos . Também poderá usar a airfryer. (180ºC 18 minutos)

Depois de cozinhadas, retire-as e envolva.os no molho de tomate já feito (opcional)

(Também poderá congelar as almôndegas após formar as bolinhas, Para cozinhar basta retirar do congelador e colocar na frigideira ou forno nem descongelar!)

Acompanhe com brócolos cozidos e uma salada de massa e espinafres baby.


Bom Apetite!

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