Nada bate um bom presente de comer. No domingo a minha Sandra toca-me à porta com um saco com chuchus. Na segunda feira a minha cunhada Rita vem de casa do pai ( o meu sogro) com couves, dióspiros, phisalis e muitas goiabas.
Destino para o chuchus já sabemos que na sopa nunca falha. As couves acabam salteadas, em migas ou em sopa. Os dióspiros mesmo quando são muitos despachamo-los a grande velocidade que todos adoram e sabemos que têm uma curta duração e daqui a pouco já não há. As phisalis a Benedita dá conta delas num piscar de olhos. Mas… e as goiabas? Eu na verdade nem nunca me tinha dado conta deste pé de goiaba. Ou provavelmente este foi o primeiro ano em que deu muitas… nem sei. Quem adorava goiabas era a minha sogra, e agora vi-me ali com pouco mais de 2kg delas e sem saber o que fazer. Ou melhor, lembrei-me logo do que fazer goiabada com elas. E assim foi.
Ingredientes:
2 kg de goiabas maduras (amarelas por fora, avermelhadas por dentro porque há outras variedades)
1kg de açúcar
1 limão pequeno
Preparação:
Lave bem as goiabadas e corte-as em pedaços (não é preciso descascar). Coloque as goiabadas no robot de cozinha ou liquidificado e triture-as até ficar com uma mistura cremosa. Se necessário junte água, mas deve evitar. Eu não juntei.
Depois de trituradas coe a polpa de modo a separar as sementes (eu esqueci-me completamente deste passo, e a minha goiabada ficou com as sementes).
Coloque depois a polpa num tacho largo ou caçarola e junte 1 quilo de acúcar e o sumo de 1 limão pequeno. Misture bem.
Leve ao lume. Assim que levantar fervura e começar a borbulhar, reduza um pouco o lume e deixe cozinhar até que a goiabada reduza e fique muito cremosa e a descolar do fundo da panela, tal como quando estamos a fazer brigadeiros.
Demora o seu tempo. O ideal é estarem com o lume médio alto e sem parar de mexer para não agarrar mas é um processo demorado (diria 1 hora ou mais) Se deixaram o lume muito brando e sem vigilância, pode demorar mesmo muito tempo diria mais de 3 horas.
Para estar realmente no ponto de goiabada tem de se soltar do fundo da panela e ao mexer verem realmente o fundo, num ponto de estrada forte. A cor também fica assim bem escura também. Quase que parece que está caramelizada. Tal como os brigadeiros.
Quando atingir este ponto na vossa goiabada, coloque a mistura num pirex ou tabuleiro untado com um pouco de óleo vegetal e coloque a mistura no tabuleiro. Ela deverá estar bem grossa. Depois de completamente arrefecida, umas 3 ou 4 horas, a goiabada estará rija e maleável e é possível desenformar e cortar em pedaços.
Para guardar basta depois de cortar envolver em papel vegetal ou guardar numa taça já cortada.
Se preferir pode optar por colocar em taças e depois desenformar e cortar às fatias.
De sabor e textura fica exatamente igual à goiabada de compra e é deliciosa com um pouco de queijo.
Bom Apetite!