Bolo de Cenoura com Cobertura Cremosa de Chocolate


Para os seus 3 anos, o António escolheu um bolo de cenoura. Tal como o Zé Maria definiu muito bem as suas escolhas: quero um bolo de cenoura para casa, e bolachinhas da mamã para levar para a escola. Foi assim que decidi fazer uma bolacha gigante para ele cantar os parabéns na escola, usando a receita das bolachinhas de aveia, amêndoa e chocolate (receita aqui: ) que tripliquei, formando a bolacha grande.
E depois foi fazer uma simples receita de bolo de cenoura no qual coloquei uma cobertura cremosa de chocolate. E assim foram os bolos do António.
E só porque eu adoro, e  porque recebi imensas perguntas acerca disso, o Cake Topper lindo, com o nome do meu miúdo do meio foi feito pela Sara da Rock n Bake (podem seguir o trabalho dela aqui: https://www.instagram.com/rocknbakebysp/ )
E mesmo com o calor, como é sexta feira não deixa de ser dia de bolo. Este estava realmente delicioso, e mesmo sem cobertura fica muito bom, fofo e nada seco.
Espero que gostem! Bom fim de semana a todos!

Ingredientes:

250g de cenouras
4 ovos
100ml de óleo vegetal (usei óleo de grainha de uva prensado a frio. Também podem usar óleo de coco se preferirem)
250g de açúcar amarelo
200g de farinha
1 colher de sopa de fermento em pó

Cobertura:
1 ovo
50g de açúcar
50g de manteiga
75g de chocolate em tablete 

Preparação:

No copo da liquidificadora ou robot de cozinha coloque a cenoura descascada e cortada em pedaços, os ovos, o óleo, o açúcar e o fermento e triture até obter uma mistura homogénea. Junte depois a farinha e envolva com a colher de pau.
Divida a mistura por duas formas de 16cm de diâmetro (se for para um bolo “normal” use uma forma de chaminé) previamente untadas e polvilhadas, e leve ao forno previamente aquecido a 180ºC durante cerca de 35 minutos.
Retire do forno, deixe arrefecer uns minutos e desenforme deixando arrefecer completamente sobre uma grelha.
Depois do bolo frio, prepare a cobertura.
Leve um tachinho ao lume com a manteiga e deixe derreter em lume brando. Junte depois o açúcar e o ovo inteiro e misture bem. Leve novamente ao lume, sem parar de mexer até engrossar. Retire do lume e acrescente o chocolate previamente partido em bocados. Deixe amolecer e misture bem até obter uma mistura cremosa. Deixe arrefecer uns 30 minutos.
Para montar o bolo, coloque metade do bolo no prato de servir e recheie com metade do creme de chocolate. Coloque o outro bolo por cima e cubra com o restante chocolate. Se fizer um bolo numa forma de chaminé, coloque o bolo no prato e cubra com a mistura de chocolate.


Bom Apetite!

Elvira

Pensei muito antes de escrever este texto. Se o deveria ou não fazer. Apaguei-o e escrevi-o vezes sem conta. E o meu coração disse-me para o fazer. Porque acho que lhe devo isto.
Há muitos, muitos anos atrás, andava eu a dar os primeiros passos pela internet, acabadinha de criar um blogue de dietas numa altura em que os blogues eram anónimos e poucas eram as pessoas com blogues. Nessa altura, a publicar coisas mundanas sobre o que tinha comido naquele dia e a falta ou o exercício feito, e a receber  comentários de incentivo e outros mais comentários e mails a perguntarem-me acerca das receitas que fazia e comia, dou por mim a pesquisar receitas e blogues e aparece-me o Elvira Bistrot. Até ao momento eu não sabia que existiam blogues de culinária. Pessoas que escreviam as receitas que faziam em casa, apenas e só porque gostavam de cozinhar.
Descubro o blogue da Elvira, e sinto-me em casa. Sei que foi por causa daquele blogue, e depois de outros que descobri por seu intermédio, que também decidi criar este blogue. Afinal as pessoas estavam sempre a pedir-me as minhas receitas. E foi assim que a Elvira entrou na minha vida. Através do écran de computador onde ia todos os dias, ou quase comentar “Que bela receita”, “Tenho de experimentar”, numa troca genuína que se fazia na altura entre “bloggers” de culinária, trocando mimos, porque antes de todo este fenómeno, quem seguia blogues eram outras pessoas que tinham blogues. 
A Elvira já era “veterana” e “famosa”. Além do blogue em português mantinha outro, o primeiro, em francês, onde dava a conhecer a culinária portuguesa aos franceses.
A Elvira mulher culta, inteligente e madura. Percebia-se isso a cada texto, a cada palavra e nunca deixava de ter palavras simpáticas com as “miúdas” que estavam a surgir.
Durante todo o tempo que o blogue da Elvira esteve “activo”, nunca deixei de a seguir. Acompanhei a ida para os Açores, a doença, o divórcio. Falávamos por mensagens e por mail e um dia finalmente conhecemo-nos, nos Açores, na ilha que tomou como dela - a Terceira. Eu, ela, um Zé Maria bebé e o Miguel estivemos horas a conversar num pequeno café na Praia da Vitória. E foi bom, muito bom conhecê-la. Mantivemos sempre um contacto esporádico, A distância não ajuda. Soube do regresso da doença, e voltei a estar com ela quando veio a Lisboa para tratamentos. Foi logo no início do ano de 2017, em casa de uma amiga dela, ainda decorada com as cores do natal. Voltei a falar com ela só por mensagem, soube que não estava bem, da cirurgia que lhe removeu a alma de mulher e de como estava triste e desamparada. E soube este domingo que tinha partido.
A vida nem sempre é generosa para com todos. Os écrans de computador, as palavras escritas, a vida que se mostra nas redes sociais, nem sempre são tão cor de rosa, felizes e maravilhosas como alguns querem fazer ver. Todos temos problemas, frustações, dias menos bons. chatices, a cabeça cheia de coisas para resolver. Embrenhamo-nos nas nossas vidas, mostramos aqui uma parte, mas há outra que nunca ou raramente aparece.
Ninguém é perfeito, mas ninguém merece não ser feliz.
Acho que em algum ponto de todo este turbilhão de coisas más que lhe aconteceu a Elvira deixou de ser feliz. Deixou de acreditar. Deixou de ter forças. Mesmo que houvesse quem lhe desse a mão, não foi suficiente. O último texto que escreveu, a encerrar de vez o seu blogue mostra como estava triste e amargurada com tudo o que lhe tinha (e estava ainda) a acontecer.
Na hora em que li a mensagem a dar-me conta da sua morte, umas lágrimas teimosas caíram-me pela cara, e até acho que o meu coração parou por segundos porque eu não queria acreditar. Tinha-se fechado ali um círculo. A pessoa que indiretamente foi a responsável por eu ter criado um blogue, que durante tanto tempo me tinha inspirado, que me parecia sempre tão forte e determinada e senhora do seu nariz tinha desistido. A Elvira, dona de uma gargalhada inconfundível, e de um sotaque castiço já cá não estava, e não havia nada a fazer.

Se nunca tinham ouvido falar da Elvira, então não sabem muito de blogues de culinária, nem da “mãe” dos blogues de culinária portugueses. Vão até ao Bistrot (http://elvirabistrot.blogspot.com) vejam as receitas, levem algumas para fazer e sintam-se inspirados pela Elvira tal como eu um dia me senti.


Querida Elvira, onde estiveres, que estejas em paz. 

Patê de Atum à minha moda



Não era receita para colocar por aqui, mas os pedidos foram tantos, que se calhar fazia sentido.  Não há mesa de festa e jantarada sem um patê de atum. Confesso que durante uns anos me fartei um bocadinho, mas é daquelas coisas que todos gostam, e é uma coisa optima para se fazer em jantares, festas e encontros em que há muita gente, porque é simples de preparar. Agora faço algumas vezes nessas ocasiões, porque acho que fica bem juntamente com as tábuas de queijos e enchidos, ou com alguns salgadinhos. E essencialmente porque gosto de variar.
Esta é a minha versão mais rápida e prática, e que todos parecem gostar.
Aqui fica.

Tema: Receitas Rápidas e Deliciosas para o Final do Verão

Porto - 29 de Setembro - 15h Worshop Pop -Up  - ÚLTIMAS VAGAS
inscrições e informações: info@workshops-popup.com

Ovar - 30 De Setembro - 10h Colher de Chá - Furadouro
Inscrições e Informações: geral@colherdecha.pt

Ingredientes:

1 lata de atum em azeite
4 colheres de sopa bem cheias de maionese (de preferência caseira, mas pode ser de compra)
1 ovo cozido
1/2 cebola
4 hastes de salsa
50g de pickles

Preparação:

Escorra o atum e coloque no robot de cozinha (pode ser o acessório de picar da varinha mágica, o picador da tupperware ou até a varinha mágica e o copo.) Junte depois a maionese, o ovo em pedaços, a cebola em quantos e os pickles e pique até obter uma mistura homogéna, mais ou menos cremosa consoante o gosto. (Se necessário junte um pouco mais de maionese). Junte depois a salsa picada finamente.
Coloque em tacinhas e sirva com tostinhas a gosto, palitos de cenoura e pepino e tomatinhos cereja.
(Nota: é delicioso também para tostas de atum e sandes para piqueniques e levar para a praia!)


Bom Apetite!

Caril de Peixe com Couve Flor e Espinafres


Nem só de festa se vive cá em casa, apesar desta última semana, entre o aniversário do mais do filho mais velho e do filho do meio. Ao mesmo tempo das festas e dos jantares de família e dos bolos de aniversário, as nossas rotinas continuam e as nossas refeições habituais também. 
Mais um caril desta vez. Menos cremoso, propositadamente, assim para se comer à colher, quase como uma sopa de caril, peixe e legumes, mas que estava realmente deliciosa.
Perguntam-me imensas vezes que peixe uso para estas receitas, quando me refiro a peixe branco e carnudo. Cá em casa a par com o peixe fresco, também comemos muito peixe congelado - sei que há quem não goste, e que ache que tem um sabor diferente. Pessoalmente acho bom, uma excelente relação qualidade/preço e uma forma de se variar nos peixes que consumimos. Para este género de pratos, caril, estufados, moquecas.... gosto muito de tintureira (um peixe da família do tubarão e do cação) que é carnudo, não se desfaz, e praticamente não tem espinhas, o que é perfeito para esquisitos e miúdos pequenos e miúdos pequenos esquisitos. Também resulta bem com lombinhos ou mimos de pescada e tamboril, por exemplo.
Compro muitas vezes tintureira - congelada. Assim como asas de raia, já sem pele e prontas a cozinhar, óptimas para os miúdos, filetes e lombos de pescada, entre outras coisas.
Desta vez a tintureira foi parar ao caril com legumes!

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Ingredientes para 4 pessoas:

125g de espinafres frescos
1 cebola
1 pedacinho de 2cm de gengibre fresco
2 dentes de alho
1 couve flor pequena
1 pimento vermelho
800g de peixe branco e carnudo cortado em cubos grandes
sal e pimenta q.b.
1 colher de sopa bem cheia de pó de caril
300ml de leite de coco (de lata)
1 colher de sopa de óleo de coco ou azeite

Preparação:

Pique a cebola com os dentes de alho e o gengibre descascado até obter uma pasta. Leve um tacho ao lume com o óleo de coco e junte a pasta de cebola. alho e gengibre e deixe fritar. Junte o pó de caril e deixe cozinhar um pouco.
Corte o pimento em cubinhos e separe a couve flor em floretes. Junte ao preparado no tacho e acrescente um copo de água. Tempere de sal e deixe cozinhar até a couve flor querer começar a ficar macia. Junte depois o peixe em cubos e acrescente o leite de coco. Deixe cozinhar em lume brando até o peixe estar macio e a couve flor cozinhada. Retifique de sal e junte os espinafres, mexendo até que murchem.
Sirva de imediato, com arroz, ou simples, para comer à colher.


Bom Apetite!

3 anos de António


O António foi o meu bebé surpresa. O bebé que veio sem se contar, depois de 5 anos de infertilidade e de 3 tratamentos para a chegada do Zé Maria. Estávamos preparados para marcar uma nova consulta e recomeçar todo o processo para uma nova fiv, quando eu comecei a estranhar alguns sintomas. Por um lado, tudo me parecia muito semelhante ao que tinha sentido no início da gravidez do Zé Maria, mas por outro era impossível, porque eu “não podia” engravidar sem recorrer a tratamento. Matutei naquilo uns dias e decidi fazer um teste. Deu positivo. Nem com o nascimento de qualquer um deles chorei tanto de felicidade como naquele dia, num misto de alegria, incredibilidade, medo, muito medo que alguma coisa não estivesse bem e felicidade no seu estado mais puro. Eu não acreditava, o Miguel não acreditava, mas o teste não mentia: “grávida”.Era dia 28 de Janeiro de 2016, dia em que a minha sobrinha fazia 10 anos. Uma ou duas horas depois de fazer aquele teste lá fomos jantar com a família toda e foi a coisa mais surreal. Tinha aquela notícia maravilhosa e não a podia/queria ainda partilhar com ninguém... 
Três dias depois, a minha avó, a minha doce avó Cila morreu. Aquelas voltas estranhas que Deus dá à vida. Tira por um lado e dá pelo outro. Ou porque assim tinha de ser.
Fiquei sempre com muita pena de não lhe ter contado que iria ter outro bisneto. Acreditarei sempre que ela o soube logo que chegou ao Céu, e que de lá guiará sempre os meus filhos com carinho e amor.
A 24 de Setembro de 2015, recebemos o António. Lindo desde o dia em que nasceu. O meu coração dilatou, porque tudo tem espaço num coração de mãe e no dia em que me vi com dois pequenos amores nos braços, foi o dia em que percebi que queria mesmo mais filhos - se pudesse - porque não há, sem dúvida melhor sentimento do que o amor que se sente por eles. E, acredito eu, que quando esse amor é assim tão puro e honesto, que as mães, têm capacidades de super mulheres, de “muktitasking” de se multiplicarem em afetos, em brincadeiras, em tarefas e em trabalho.
O António, o meu bebé surpresa, têm a capacidade de me testar a paciência ao limite. Tem uma personalidade muito vincada e quer sempre, mas sempre levar a dele avante. Com ele tenho aprendido muito acerca de tolerância e paciência, porque os filhos ensinam-nos coisas que nós nem sabíamos que teríamos de aprender, e ajudam-nos a sermos melhor por e para eles, apesar de todas as vezes em que os níveis de paciência para aquele dia já se foram e acaba tudo com um berro. Porque o facto de querermos ser a melhor mãe possível não quer dizer que fazemos sempre tudo bem...às vezes é mesmo bem-mal!
São 3 anos desta coisa linda, que dá os beijos mais fofos do universo, que ainda não sabe bem o seu lugar na hierarquia de irmãos, agora que veio a mana, e que imita o irmão mais velho em tudo - no bom e no mau.
O meu filho segundo que entrou nas nossas vidas logo com uma lição, a mostrar-nos como é tão simples e incrível podemos amar da mesma maneira e com a mesmo força e intensidade todos os filhos que acolhemos no colo.

Parabéns Tonicha! 


Bolo de Chocolate e Espelta


Para finalizar a semana doce, e a pedido de muitas famílias, o bolo de chocolate que fiz para o Zé levar para a escola. 
Andou a semana inteira a dizer-me que queria um bolo de chocolate para levar para a escola, e um bolo de banana para casa, e não lhe podia negar este pedido. 
Os meus rapazinhos gostam de bolo e de bolachinhas que a mãe faz, e tenho tentado fazer melhores versões para eles. E o bolo que o Zé levou para cantar os parabéns com os amigos da escola, foi um bolo a pensar nisso mesmo, um bolo para ser comido pelos pequeninos, e adaptei a partir de uma receita de bolo de chocolate que faço há muitos anos. No fim ficou um bolo delicioso, e foi apreciado por todos os miúdos. O bolo de chocolate é, quase sempre, escolha acertada.
Aqui fica esta versão. E um bom fim de semana a todos.
Aproveito também para vos dizer, que se são utilizadores da Bimby, e da cookidoo (www.cookidoo.pt) podem encontrar uma colecção minha, com 13 receitas, disponível para descarregarem para as vossas Bimby. Espero que gostem tanto dessas receitas como eu, e também desta parceria com a Bimby, robot que demorou a conquistar-me, mas que agora faz parte das minhas rotinas semanais e é uma grande ajuda.

Ingredientes:

125g de manteiga
150g de chocolate com 74% cacau
160g de açúcar
100g de farinha de espelta
1colher chá de fermento em pó
6 ovos

50g de chocolate com 74% cacau + 1 colher de sopa de manteiga

Preparação:

Derreta o chocolate juntamente com a manteiga e reserve. Bata as gemas com o açúcar até obter uma mistura cremosa. Misture-lhes o chocolate e a manteiga derretidas, a farinha previamente misturada com o fermento e as claras batidas em castelo mexendo sempre.
Coloque depois a mistura numa formo previamente untada e polvilhada e leve a cozer em forno previamente aquecido a 180ºC cerca de 35 minutos, ou até o bolo estar cozido.
Retire do forno e deixe arrefecer completamente sobre uma grelha.
Prepare a cobertura derretendo as 50g chocolate com a colher de sopa de manteiga e verta-a sobre o bolo frio.
Decore depois a gosto.


Bom Apetite!

Tarte Folhada de Maçã com Frutos Vermelhos


Eu disse que esta semana seria doce!
No aniversário do Zé, além do bolo e da fruta, fiz apenas mais duas sobremesas. Uma delas, o clássico de sempre, o leite-creme que todos gostam e que fica sempre bem. E além disso, e como tinha maçãs a estragarem-se na fruteira, optei por fazer uma tarte de maçã simples, esta enriquecida com frutos vermelhos.
Como a palavra de ordem nestas alturas é simplificar, porque há muito para fazer, em vez de fazer eu a massa, usei massa folhada de compra. Mas podem sempre optar por fazer uma massa quebrada caseira ou massa de galette (seria a minha escolha) em vez da massa já pronta.  De resto, a receita é muito simples, sem recheios ou coisas complicadas. Fruta e pouco mais. 

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Ingredientes:

1 rolo de massa folhada
1 kg de maçãs
75g de mirtilos
75g de framboesas
2 colheres de sopa de farinha
4 colheres de sopa de açúcar + para polvilhar
sumo de limão q.b.

Preparação:

Desenrole a massa folhada e forre com ela uma tarteira de fundo amovível. Pique a massa com um garfo e leve-a ao forno previamente aquecido a 180ºC  cerca de 15 min. (Não se preocupe se a massa começar a empolar).
Entreanto descasque as maças, retire-lhes o caroço e corte-as em gomos grossos. Coloque as maças numa taça e regue com sumo de limão. Junte a farinha e o açúcar e envolva tudo muito bem.
Retire a massa do forno. Se esta tiver enfolado, com um pano limpo pressione a massa, de modo a que baixe. Coloque as maçãs sobre a massa pré cozinhada e por cima coloque os mirtilos e as framboesas.
Leve novamente ao lume, cerca de 35 minutos, até as maças estarem macias e a tarte ligeiramente dourada.
Retire do forno e deixe arrefecer antes de desenformar para o prato de servir.


Bom Apetite!

Bolo de Banana com Buttercream de Mascarpone


E foi assim! Mais um aniversário que passou. Mais uma festa e mais uma vez casa cheia com aqueles que nos são queridos, e com os que não puderam vir ou estar presentes, no coração.
O Zé Maria gostou muito do dia, porque juntou alguma das coisas que mais gosta: legos, bolo de banana e os primos e os avós!
Por aqui foi a azáfama habitual. Apesar de simplificarmos o jantar de aniversário - porque a meio da semana não dá para nada muito especial, e no dia a seguir há escola e trabalho - o meu rapazinho teve um dia muito feliz, e nós estivemos a arrumar tudo até à meia noite. Mas já se sabe que quem corre por gosto não cansa, e para a semana repetimos para os 3 anos do António.
Para já, deixo-vos o tão pedido bolo de aniversário de Banana. O bolo que o Zé me pediu para fazer para cantarmos os parabéns em casa. Ficou maravilhoso e todos gostaram muito. 

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Ingredientes:

200g de açúcar
200g de manteiga
4 ovos
160g de farinha
2clh chá de fermento
4 bananas
acçúcar amarelo q.b para polvilhar

Para o Buttercream de Mascarpone:
150g de açúcar em pó
250g de mascarpone à temperatura ambiente
125g de manteiga à temperatura ambiente

Preparação:

Bata a manteiga com o açúcar e até obter um creme. Junte-lhes os ovos e continue a bater bem. Junte depois a farinha misturada com o fermento aos poucos e, mexa para ficar tudo ligado.
Descasque duas bananas e corte-as em cubinhos pequenos e incorpore na massa.
Descasque depois as restantes 2 bananas, corte-as em fatias, Unte duas formas com cerca de 16cm de diametro, e polvilhe com o açúcar amarelo. Forre depois com as bananas cortadas e verta depois a mistura de bolo preparada, dividindo-a uniformemente nas duas formas.
Alise e leve a cozer em forno médio cerca de 45 minutos.
Desenforme enquanto ainda está morno.

Entretanto prepare o buttercream. Junte o mascarpone e o açúcar numa taça e bata com a batedeira até obter uma mistura cremosa. Junte depois a manteiga e bata mais um pouco até estar bem incorporado. 
Depois dos bolos bem arrefecidos, acerte-os com uma faca afiada, para que fiquem direitos. Coloque um dos bolos já completamente frio no prato de servir (para não sujar o prato coloque papel vegetal sobre as bordas, que depois poderá puxar sem estragar o bolo).
Recheie com metado do buttercream de mascarpone. Coloque depois o outro bolo e cubra tudo com o buttercream, alisando o topo e os lados com uma espátula. Leve ao frigorífico.
Retire o bolo do frigorífico 10 minutos antes de servir e decore-o a gosto.


Bom Apetite!

5 Anos de Zé Maria


O meu filho mais velho faz hoje 5 anos. Há cinco anos que o vi pela primeira vez, ali, embrulhadinho, pequenino, vermelhinho. Há cinco anos senti muitas coisas diferentes, mas não chorei quando o vi. Sempre ouvi relatos emocionados de mães que não conseguem falar, lavadas em lágrimas, embargadas pela emoção do momento. Não me aconteceu chorar de felicidade, apesar de não haver espaço dentro de mim para toda a felicidade que sentia.
Só queria olhar para ele, senti-lo, cheirá-lo, tocar-lhe, que no meio dessas coisas todas  chorar não aconteceu. Só mesmo ao sair do bloco e ver todos à nossa espera, o Miguel, os meus pais, os meus sogros, a minha irmã e os meus cunhados, os tios... Só nesse altura as lágrimas me começaram a cair dos olhos, porque nessa altura, mais do que nunca, senti que aquela imensa felicidade, aqueles anos de tentativas e de tratamentos e de esperança, acabavam ali, para todos, com aquele bebé tão desejado e amado não só por mim, mas pelas minhas (nossas) pessoas.
Chorei depois em casa de felicidade, ao vê-lo a dormir no berço. Tantas vezes que nem acreditava que ele estava ali. Que finalmente tinha ali o meu amor pequenino.
Há cinco anos nasceu o Zé Maria e nascemos nós enquanto pais. Ele cresce e nós crescemos e tentamos, todos os dias ser melhores pais do que no dia anterior. Cometemos erros, fazemos algumas coisas boas e queremos saber mais e fazer melhor.
Tudo o que eu sei até agora, nesta caminhada da maternidade, foi-me ensinado pelo Zé Maria. Os primeiros filhos têm esta característica de nos ensinarem e ao mesmo tempo serem as nossas cobaias. Ao fim de 5 anos, e com mais dois outros filhos (quem diria!) é com o Zé Maria que aprendo a ser mãe, e é também com ele que cometo mais erros que tento não repetir com os outros. O primeiro filho, onde tudo é tão importante e único e avassalador, e que ao mesmo tempo nos dá a serenidade de acolher e desejar outros filhos, num amor que nunca se esgota, num coração plástico e elástico que acolhe tudo e todos e onde há espaço para todos os que vierem.
Sempre achei que, se há papel que me assenta, é o de mãe. Depois do Zé Maria nascer, e na nossa descoberta pela construção de uma família tive essa certeza. Tenho a certeza que sou uma boa mãe. Apesar de estar longe (e de nem sequer estar à espera) de ser perfeita, de às vezes me faltar a paciência, de me sentir cansada, de gritar, de por vezes poder ser injusta, de nem sempre fazer as melhores escolhas ou de tomar as melhores decisões, apesar de achar que o estou a fazer. Acho que sei fazer isto da maternidade bem e nunca me arrependerei de nada que possa ter ficado por fazer para poder ser mãe. Porque há cinco anos atrás, quando o Zé nasceu, permitiu-me realizar o meu maior sonho, o que mais desejava desde miúda quando brincava com bebés carecas: ter um filho nos braços. E mesmo sem lágrimas, aquele foi sem dúvida o dia mais importante da minha vida.

Parabéns por esta mãe cheia de anos meu amor!

Fatias de Cenoura e Coco


A escola dos miúdos já começou há 15 dias. O António fica bem, mas choraming ainda todos os dias que “quer a mãe”. O Zé chega e vai abraçando os amigos que vão chegamdo das férias, todo contente e entusiasmado por os ver. Ficam felizes os meus rapazinhos crescidos - apesar das lágrimas do António, que passam minutos depois. Encontro-o sempre que o vou buscar muito bem disposto, a brincar com os amigos novos e muito entusiasmo com tudo o que se passou naquele dia.
As atenções deles são agora divididas entre a escola e o entusiasmo dos aniversários, que estão quase a acontecer. Pedem as prendas, perguntam se pode ser, e escolhem os bolos que querem para levar para a escola e para ter em casa. 
Avizinha-se portanto uma semana doce aqui pelo blogue.

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Ingredientes:

250g de manteiga
200g de açúcar mascavado
3 ovos
200g de farinha
50g de coco ralado
200g de cenouras raladas
1 colher de chá de fermento em pó
1 colher de chá de canela em pó
1/2 colher de chá de gengibre em pó
1 pitada de cravinho em pó

Preparação:

Num tacho onde tudo caiba, coloque a manteiga e leve-a a derreter a lume muito brando, para não queimar. Retire e deixe arrefecer uns minutos. Junte o açúcar, e os ovos à manteiga derretida e mexa bem até ficar uma mistura cremosa. Junte depois a farinha e o fermento e o coco ralado.
Adicione finalmente as cenouras raladas e as especiarias e mexa tudo muito bem. 
Coloque a mistura numa forma rectangular com 20x30cm, previamente untada e polvilhada, e leve ao forno previamente aquecido a 180ºC durante cerca de 35 minutos.
Ao fim desse tempo, retire e deixe arrefecer completamente. Corte depois em fatias e coloque no prato de servir.


Bom Apetite!

Cookies de Aveia, Amêndoa e Chocolate


Os miúdos já estão naquela fase em que pedem para comer umas bolachinhas de vez em quando. Normalmente vamos juntos para a cozinha, porque eles já gostam de ajudar, de colocar a farinha e o açúcar, de mexer e misturar. E gostam, ainda mais, de lamber a colher e a taça no fim!
É preciso tempo e paciência para fazer estas coisas com eles, porque em vez de 15 minutos, demoramos mais do dobro, mas é uma óptima maneira de poder fazer uma actividade diferente com eles, e de lhes começar a passar algum gosto pela cozinha. Eles normalmente gostam, não só fazer bolos e bolachinhas, mas de, no geral, ajudar a mãe em coisas de cozinha, sendo que mexer e misturar são as preferidas.
As bolachinhas são simples, com manteiga de amêndoa, farinha de aveia e o açúcar de coco, que já tinha falado, e que tenho usado com regularidade para fazer receitas que são principalmente para eles. Se não tiverem açúcar de coco - e infelizmente não tem um preço muito simpático - podem sempre susbtituir por açúcar mascavado.

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Ingredientes para cerca de 10 bolachinhas:

30g de manteiga
30g de manteiga de amêndoa
50g de açúcar de coco
1 ovo
100g de farinha de aveia (flocos de aveia triturada)
1 colher de chá de fermento em pó
50g de chocolate preto partido em pedaços pequenos

Preparação:

Misture o açúcar de coco com a manteiga e a manteiga de amêndoa até ficarem bem incorporadas. Junte depois o ovo e de seguida a farinha de aveia, o fermento e o chocolate. Mexa bem.
Forre um tabuleiro com papel vegetal e coloque colheradas de massa devidamente espaçadas. Leve ao forno previamente aquecido a 180ºC durante cerca de 12 minutos.
Retire do forno (ainda vão estar moles) e coloque a arrefecer sobre uma grelha.
Guarde depois numa lata ou caixa hermética.


Bom Apetite!

Bacalhau com Crocante de Presunto e Esmagada de Batata Doce


Quase que nem parece uma refeição de meio de semana, mas é realmente simples e rápido de preparar, e tem até uma aparência bem simpática. O bacalhau não precisa de muito tempo no forno para ficar no ponto - pessoalmente acho que por vezes até cozinhamos o bacalhau tempo demais. E desta forma os lombos desfazem-se em lascas suculentas e não fica nada seco ou a embrulhar-se, como muitas vezes me acontecia em tempos que já lá vão. A combinação de bacalhau e batata doce é para mim vencedora. Adoro e uso muitas vezes. E o presunto dá só um pequeno toque, mas combina tudo na perfeição.
Espero que experimentem, porque nós gostamos muito.

Tema: Receitas Rápidas e Deliciosas para o Final do Verão

Lisboa - 22 de Setembro - 15h Workshops Pop-Up Chiado 
inscrições e informações: chiado@workshops-popup.com

Porto - 29 de Setembro - 15h Worshop Pop -Up 
inscrições e informações: info@workshops-popup.com

Ovar - 30 De Setembro - 10h Colher de Chá - Furadouro
Inscrições e Informações: geral@colherdecha.pt


Ingredientes para 2 pessoas:

2 lombos de bacalhau demolhados
azeite q.b
pimenta q.b.
4 dentes de alho
2 folhas de louro
300g de batata doce 
2 fatias finas de presunto
salsa q.b.

Preparação:

Coloque os lombos de bacalhau num tabuleiro que possa ir ao forno, regue com azeite abundante, tempere com um pouco de pimenta, as folhas de louro e junte 3 dentes de alho esmagados. Leve ao forno previamente aquecido a 200ºC durante cerca de 20 minutos.
Entretanto descasque as batatas doce e corte-as em pedaços. Leve-as a cozer apenas em água até que fiquem macias. Escorra depois bem as batatas. Leve um tacho ao lume com 1 dente de alho picadinho e um pouco de azeite e deixe refogar um pouco mas sem queimar o alho. Junte as batatas e esmague-as depois com um utensílio próprio, até ficar uma espécie de puré grosso e pesado. reserve.
Forre um tabuleiro com papel vegetal e disponha as fatias de presunto. Leve-as ao forno já aquecido a 220ºC até que “sequem” e fiquem crocantes, o que demora apenas alguns minutos, convém vigiar de perto.
Sirva a esmagada de batata com o bacalhau e por cima deste coloque o presunto crocante. Regue, se desejar, o puré com um pouco do azeite onde cozinhou o bacalhau e polvilhe com um pouco de salsa picada.
Sirva com feijão verde cozido.


Bom Apetite!

Douradinhos Caseiros com Corn Flakes


Os miúdos acham sempre piada a estas coisas, em tamanho mais pequeno e “crocantes”. E estes “douradinhos” são muito simples e rápidos de preparar, e para miúdos que gostam de ajudar na cozinha, pode ser uma coisa gira para fazer com a ajuda deles.
Eu optei por fazer os meus no forno, com ventilação e ficaram bem crocantes. Mas podem sempre fritar num pouco de azeite se assim preferirem.
Aqui servimos com arroz de ervilhas - e o que os meus filhos gostam de ervilhas - e brócolos cozidos. 

E vamos começar os workshops:

Tema: Receitas Rápidas e Deliciosas para o Final do Verão

Lisboa - 22 de Setembro - 15h Workshops Pop-Up Chiado 
inscrições e informações: chiado@workshops-popup.com

Porto - 29 de Setembro - 15h Worshop Pop -Up 
inscrições e informações: info@workshops-popup.com

Ovar - 30 De Setembro - 10h Colher de Chá - Furadouro
Inscrições e Informações: geral@colherdecha.pt


Ingredientes para 4 pessoas:

600g de filetes de pescada
sal e pimenta q.b.
sumo de limão
alho em pó q.b.

200g de corn flakes (usei uns sem açúcar, mas podem usar o que preferirem ou tiverem disponíveis!)
1 ovo 
azeite em spray q.b.

Preparação:

Coloque os filetes numa taça e tempere com sal, pimenta, o sumo de limão e o alho em pó e deixe marinar de uma dia para o outro ou algumas horas.
Retire depois os filetes da marinada e corte-os em forma de “douradinhos” ou rectangulos grossos.
Pique grosseiramente os corn flakes e coloque numa taça. Bata o ovo noutra taça.
Passe cada palito de peixe pelo ovo batido e em seguida pelos corn flakes, e coloque-os  no tabuleiro de forno previamente forrado com papel vegetal, lado a lado. Borrife com o azeite em spray e leve ao forno previamente aquecido a 180ºC com ventilação durante cerca de 15 minutos, virando-os a meio tempo.
Sirva com os acompanhamentos da sua preferência.


Bom Apetite!

Queques Fofinhos de Laranja, Mandioca e Sementes de Papoila


Quase que nem ia a tempo de fotografar estes bolinhos deliciosos. Safou-se um, apenas um. Este que estão a ver na foto. E foi fotografado momentos antes de o António o comer. Convém dizer que foi fotografado enquanto o António me puxava pelas pernas para comer “o bolinho”.
Todo este discurso para dizer que são muito bons. Fazem-se num instante e levam açúcar de coco, que aos pouco me começa a conquistar para usar em algumas receitas que sei que os miúdos vão querer. É açúcar na mesma, não vale a pena ter ilusões, apenas açúcar não refinado e mais “natural”.
Espero que gostem tanto como nós gostamos!

E vamos começar os workshops:

Tema: Receitas Rápidas e Deliciosas para o Final do Verão

Lisboa - 22 de Setembro - 15h Workshops Pop-Up Chiado 
inscrições e informações: chiado@workshops-popup.com

Porto - 29 de Setembro - 15h Worshop Pop -Up 
inscrições e informações: info@workshops-popup.com

Ovar - 30 De Setembro - 10h Colher de Chá - Furadouro
Inscrições e Informações: geral@colherdecha.pt


Ingredientes para 6 queques:

50g de manteiga
60g de açúcar de coco (podem também usar açúcar mascavado se não tiverem de coco)
1 laranja
2 ovos
50ml de leite ou bebida vegetal
60g de fuba de mandioca
1 colher de chá de fermento em pó
1 colher de sobremesa de sementes de papoila


Preparação:

Numa taça misture a manteiga com o açúcar. Acrescente os ovos, a raspa da laranja e misture bem. Junte depois a fuba de mandioca e o fermento, o sumo de laranja, o leite e as sementes de papoila e misture bem até obter uma mistura homogénea. 
Divida a mistura por uma forma de queques untada e polvilhada (se usar de silicone não precisa de untar! - eu usei uma nova para experimentar e correu bastante bem, apesar de não ser fã de formas de silicone).
Leve ao forno previamente aquecido a 180ºC durante cerca de 15 minutos ou até os queques estarem cozidos.
Retire e deixe arrefecer sobre uma grelha.


Bom Apetite!

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